“Para construir o futuro de Euskal Herria dia após dia, também na Europa, necessitamos de todos os nossos votos”, afirmou Ixabel Etxeberria, a cabeça de lista da Euskal Herriaren Alde (EHA), no comício realizado no último sábado em Ezpeleta (Lapurdi, Ipar Euskal Herria), “votos que serão contados e observados por Paris um a um”.
Etxeberria afirmou também que a EHA está a levar uma campanha “sem polémicas, porque tem a clara noção de que o principal adversário é a direita”, aludindo à UMP.
Lembrou que a EHA “rejeita a actual Europa dos bancos, dos capitalistas, da NATO e das infra-estruturas gigantescas”. Para Etxeberria, “Euskal Herria precisa de um outro modelo de Europa, baseado na solidariedade, para encarar o seu futuro”.
Quando interveio, o ambiente do frontão coberto tinha sido já bem animado pelos oradores anteriores. O primeiro deles, o ex-deputado abertzale Koldo Gorostiaga afirmou, referindo-se “à actual aposta na autonomia”, que existem duas formas de entender esse enquadramento político: “Em baixa, como o Estado espanhol, ou em alta, para garantir a sobrevivência dos povos. É esse o nosso caso". Gorostiaga realçou que “já fizemos há algum tempo os trabalhos de casa da auto-afirmação e da autodefinição como povo” e considerou que “seria um grave erro não considera os sete herrialdes [territórios] como um único povo também na União Europeia”, e mais ainda quando esta “se empenha em negar o carácter óbvio da sua existência”.
Etxeberria afirmou também que a EHA está a levar uma campanha “sem polémicas, porque tem a clara noção de que o principal adversário é a direita”, aludindo à UMP.
Lembrou que a EHA “rejeita a actual Europa dos bancos, dos capitalistas, da NATO e das infra-estruturas gigantescas”. Para Etxeberria, “Euskal Herria precisa de um outro modelo de Europa, baseado na solidariedade, para encarar o seu futuro”.
Quando interveio, o ambiente do frontão coberto tinha sido já bem animado pelos oradores anteriores. O primeiro deles, o ex-deputado abertzale Koldo Gorostiaga afirmou, referindo-se “à actual aposta na autonomia”, que existem duas formas de entender esse enquadramento político: “Em baixa, como o Estado espanhol, ou em alta, para garantir a sobrevivência dos povos. É esse o nosso caso". Gorostiaga realçou que “já fizemos há algum tempo os trabalhos de casa da auto-afirmação e da autodefinição como povo” e considerou que “seria um grave erro não considera os sete herrialdes [territórios] como um único povo também na União Europeia”, e mais ainda quando esta “se empenha em negar o carácter óbvio da sua existência”.
«Estratégia nacional»
Tasio Erkizia, na sua intervenção, disse que “é chegado o momento de superar as fronteiras culturais e subjectivas que tantas vezes até os próprios abertzales têm em mente e pôr em marcha uma estratégia nacional concertada” para construir “o Estado basco”. O militante abertzale agradeceu infinitamente a “dignidade e a solidariedade” demonstradas pela II-SP, e acrescentou que “agora é preciso ganhar o jogo para levar Sastre até à Europa”. Um desejo a que os assistentes se juntaram com uma chuva de aplausos.
Gabi Mouesca, uma das mais de novecentas pessoas que já manifestaram o seu apoio à EHA, declarou-se “solidário com os milhares de cidadãos que não poderão exercer o direito de voto, entre eles muitos presos”, precisamente porque ele mesmo tem esse direito impugnado. Qualificou o direito ao sufrágio como “um dos que reconhecem a capacidade de decisão e devolvem a dignidade” às pessoas.
Outro dos argumentos que decidiram Mouesca a manifestar publicamente o seu apoio a EHA é o facto de “gostar da sã radicalidade da lista” e da sua mensagem “límpida e transparente, porque diz claramente zazpiak bat ['os sete em um' ou 'os sete são um'] e se declara, sem subterfúgios, anticapitalista”.
A intervenção da representante da Askatasuna Anaiz Funosas foi, sem dúvida, a mais interrompida pelos aplausos. Começou por dizer que “aqui faltam muitos amigos”, referindo-se a “quem teve de fugir para evitar a repressão e a tortura e aos 746 militantes presos”.
Criticou com veemência o facto de a actual Europa “proteger a tortura”, estabelecer instrumentos que a tornam possível, “como o mandado europeu de captura” [ou euro-ordem]; ser um sistema que viola “direitos e liberdades por temer a voz dos cidadãos” e "negar até a própria existência de Euskal Herria”. Salientou o “compromisso e a luta de todos os perseguidos políticos”, que deu como “exemplo de coragem, vontade e dignidade”.
Fonte: kaosenlared.net