As quase 750 pessoas que integram o Colectivo de Presos Políticos Bascos (EPPK) vão empreender a partir de hoje [ontem] uma nova dinâmica de luta contra a política prisional dos estados espanhol e francês, que em seu entender procura interferir na situação política. A iniciativa, que decorrerá durante todo o ano, também porá na mesa exigências concretas. O EPPK informa ainda que cinco presos bascos se colocaram «à margem da disciplina do Colectivo».
Os presos políticos bascos encarcerados em prisões espanholas e francesas empreenderão a partir hoje [ontem] uma nova luta contra a política prisional, que se será posta em prática em diversas fases e ao longo de todo o ano. Assim informa o Colectivo de Presos Políticos Bascos (EPPK) no comunicado enviado ao Gara e cujo conteúdo pode ser lido integralmente na página de Internet deste diário.
Face à dimensão das agressões e violações que os prisioneiros políticos e os seus próximos padecem, bem como as que são dirigidas contra as manifestações de solidariedade com os perseguidos que ocorrem nas ruas de Euskal Herria, e tendo em conta, em seu entender, que os impulsos dos últimos meses em matéria repressiva pretendem condicionar a abertura de um novo ciclo político, o EPPK decidiu iniciar hoje uma renovada dinâmica de luta «para fazer frente a esta cruenta política prisional». «Vimos reivindicar a desactivação da opressão geral contra Euskal Herria, sublinhar o carácter estéril da repressão, da política prisional, da condenação perpétua». Ao considerar que a situação política e a que eles vivem nas prisões «andam de mãos dadas» e que essa política penitenciária «procura condicionar o processo de libertação nacional», os presos, com esta nova iniciativa, também pretendem «mostrar a necessidade de pôr em marcha um processo democrático forte que inverta a situação política». Nesse ponto, o EPPK convida os principais agentes sociais e políticos do país a darem passos nessa direcção.
O Colectivo recorda que as quase 750 pessoas que aglutina levam a cabo durante todo o ano dinâmicas permanentes de denúncia, concretamente na segunda e na última sexta-feira de cada mês, bem como de resposta às agressões que se verificam.
Exigências e reivindicações
Assim, afirmam que em 2009 têm vindo a denunciar o desaparecimento do militante donostiarra Jon Anza, bem como a proibição de estudar nas prisões francesas. A tudo isto, sublinham, veio juntar-se a dinâmica de resposta às inspecções que o Governo espanhol impôs aos seus familiares e amigos para levar a cabo as visitas.
A esse respeito, e mediante esta nova dinâmica, o Colectivo insiste: «reivindicaremos o respeito pelo nosso Estatuto Político; por conseguinte e com o propósito de denunciar as situações prisionais mais graves, exigiremos a libertação dos que já cumpriram a pena e dos que estão gravemente doentes, bem como o fim do isolamento».
Além disso, recorda que, tendo como objectivo a amnistia, exigirão «o fim da política de dispersão e que se ponha fim à violação sistemática dos direitos dos presos políticos bascos. Para que seja reconhecido o nosso Estatuto Político: para que sejamos reagrupados em Euskal Herria, com os direitos que nos pertencem».
A partir de Março, rotativa
A nova luta, que começará hoje nas prisões francesas e espanholas, albergará durante esta semana uma dinâmica de comunicação para prestar informações sobre esta iniciativa, que levarão a cabo durante todo o ano. O EPPK acrescenta que a partir da semana que vem empreenderão novas formas de luta, como os fechamentos e as greves de fome. A partir de Março, afirma-se no comunicado, a dinâmica de luta assumirá um carácter rotativo.
Além das reivindicações gerais já expostas, o Colectivo de Presos Políticos Bascos pretende apresentar exigências concretas: «A imediata libertação dos presos que já ultrapassaram o cumprimento da pena decretada; a imediata libertação dos presos em fase de acesso à condicional; a imediata libertação dos gravemente doentes; e que os presos que se encontram sozinhos sejam agrupados com outros membros».
No extenso comunicado enviado pelo EPPK, faz-se uma breve passagem pela política prisional aplicada contra eles nos últimos 30 anos, assim como uma análise mais pormenorizada sobre o recrudescimento da situação nas prisões nos últimos meses. Faz-se referência, por exemplo, à imposição das inspecções físicas aos seus familiares e amigos. A esse respeito, advertem os funcionários e directores de prisões espanhóis que, com essa medida, não os afrontaram apenas a eles e aos seus familiares, mas toda «a sociedade basca». Lembram-lhes, ainda, que não estão dispostos a deixar que «os direitos alcançados através de uma luta de longas décadas se transformem em nada».
Para além do comunicado através do qual dão a conhecer a nova dinâmica de luta que hoje iniciam, o EPPK também emitiu um anexo ao documento em que indica que cinco presos «se colocaram à margem da disciplina e do apoio do Colectivo». Assim, destaca que essas cinco pessoas - Iñaki Rekarte, Balentin Lasarte, Esteban Murillo, Jorge Urruñuela e Andoni Muñoz - a partir de agora passam a «falar e a exercer a título pessoal» e não em nome do Colectivo ao qual deixaram de pertencer.
Fonte: Gara
Os presos políticos bascos encarcerados em prisões espanholas e francesas empreenderão a partir hoje [ontem] uma nova luta contra a política prisional, que se será posta em prática em diversas fases e ao longo de todo o ano. Assim informa o Colectivo de Presos Políticos Bascos (EPPK) no comunicado enviado ao Gara e cujo conteúdo pode ser lido integralmente na página de Internet deste diário.
Face à dimensão das agressões e violações que os prisioneiros políticos e os seus próximos padecem, bem como as que são dirigidas contra as manifestações de solidariedade com os perseguidos que ocorrem nas ruas de Euskal Herria, e tendo em conta, em seu entender, que os impulsos dos últimos meses em matéria repressiva pretendem condicionar a abertura de um novo ciclo político, o EPPK decidiu iniciar hoje uma renovada dinâmica de luta «para fazer frente a esta cruenta política prisional». «Vimos reivindicar a desactivação da opressão geral contra Euskal Herria, sublinhar o carácter estéril da repressão, da política prisional, da condenação perpétua». Ao considerar que a situação política e a que eles vivem nas prisões «andam de mãos dadas» e que essa política penitenciária «procura condicionar o processo de libertação nacional», os presos, com esta nova iniciativa, também pretendem «mostrar a necessidade de pôr em marcha um processo democrático forte que inverta a situação política». Nesse ponto, o EPPK convida os principais agentes sociais e políticos do país a darem passos nessa direcção.
O Colectivo recorda que as quase 750 pessoas que aglutina levam a cabo durante todo o ano dinâmicas permanentes de denúncia, concretamente na segunda e na última sexta-feira de cada mês, bem como de resposta às agressões que se verificam.
Exigências e reivindicações
Assim, afirmam que em 2009 têm vindo a denunciar o desaparecimento do militante donostiarra Jon Anza, bem como a proibição de estudar nas prisões francesas. A tudo isto, sublinham, veio juntar-se a dinâmica de resposta às inspecções que o Governo espanhol impôs aos seus familiares e amigos para levar a cabo as visitas.
A esse respeito, e mediante esta nova dinâmica, o Colectivo insiste: «reivindicaremos o respeito pelo nosso Estatuto Político; por conseguinte e com o propósito de denunciar as situações prisionais mais graves, exigiremos a libertação dos que já cumpriram a pena e dos que estão gravemente doentes, bem como o fim do isolamento».
Além disso, recorda que, tendo como objectivo a amnistia, exigirão «o fim da política de dispersão e que se ponha fim à violação sistemática dos direitos dos presos políticos bascos. Para que seja reconhecido o nosso Estatuto Político: para que sejamos reagrupados em Euskal Herria, com os direitos que nos pertencem».
A partir de Março, rotativa
A nova luta, que começará hoje nas prisões francesas e espanholas, albergará durante esta semana uma dinâmica de comunicação para prestar informações sobre esta iniciativa, que levarão a cabo durante todo o ano. O EPPK acrescenta que a partir da semana que vem empreenderão novas formas de luta, como os fechamentos e as greves de fome. A partir de Março, afirma-se no comunicado, a dinâmica de luta assumirá um carácter rotativo.
Além das reivindicações gerais já expostas, o Colectivo de Presos Políticos Bascos pretende apresentar exigências concretas: «A imediata libertação dos presos que já ultrapassaram o cumprimento da pena decretada; a imediata libertação dos presos em fase de acesso à condicional; a imediata libertação dos gravemente doentes; e que os presos que se encontram sozinhos sejam agrupados com outros membros».
No extenso comunicado enviado pelo EPPK, faz-se uma breve passagem pela política prisional aplicada contra eles nos últimos 30 anos, assim como uma análise mais pormenorizada sobre o recrudescimento da situação nas prisões nos últimos meses. Faz-se referência, por exemplo, à imposição das inspecções físicas aos seus familiares e amigos. A esse respeito, advertem os funcionários e directores de prisões espanhóis que, com essa medida, não os afrontaram apenas a eles e aos seus familiares, mas toda «a sociedade basca». Lembram-lhes, ainda, que não estão dispostos a deixar que «os direitos alcançados através de uma luta de longas décadas se transformem em nada».
Para além do comunicado através do qual dão a conhecer a nova dinâmica de luta que hoje iniciam, o EPPK também emitiu um anexo ao documento em que indica que cinco presos «se colocaram à margem da disciplina e do apoio do Colectivo». Assim, destaca que essas cinco pessoas - Iñaki Rekarte, Balentin Lasarte, Esteban Murillo, Jorge Urruñuela e Andoni Muñoz - a partir de agora passam a «falar e a exercer a título pessoal» e não em nome do Colectivo ao qual deixaram de pertencer.
Fonte: Gara