sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

A Procuradoria despreza a ONU e pede que Landa e mais oito processados continuem na prisão


O procurador da Audiência Nacional, sem ter em atenção as considerações da ONU sobre o caso, pediu a prorrogação da prisão preventiva, por um período de mais dois anos, para nove independentistas, numa altura em que passam dois anos desde a sua detenção.

O procurador da Audiência Nacional espanhola solicitou a prorrogação da prisão preventiva por mais dois anos para nove independentistas bascos que acabam de cumprir dois anos de prisão desde a sua detenção. Concretamente, o tribunal de excepção analisou ontem, em diversas audiências, a situação dos presos políticos Pernando Barrena, Karmelo Landa, Txema Jurado, Mikel Etxaburu, Nuria Alzugarai, Aitor Aranzabal, Joseba Zinkunegi, Eusebio Lasa e Mikel Garaiondo. Todos eles foram presos no início de 2008 e constituídos arguidos em diversos sumários como o das herriko tabernas e os abertos contra a EAE-ANV e o EHAK.

O representante do Ministério Público, Vicente González Mota, requereu o período máximo de prisão preventiva permitido por lei para todos eles - quatro anos - durante as audiências que ontem decorreram no tribunal de excepção. Para justificar a solicitação alegou que existem indícios de que os presos «pertencem à rede institucional» da ETA, bem como o risco de «reiteração criminal».

A solicitação feita pela Procuradoria não leva em conta as observações que o Grupo de Trabalho sobre a Detenção Arbitrária das Nações Unidas fez em Outubro passado. Num relatório emitido, a ONU referia que «o único motivo de acusação» existente contra o antigo eurodeputado do HB Karmelo Landa reside «só na sua militância no ilegalizado partido político Batasuna».

Por esta razão, o organismo europeu afirmava no documento que a sua «privação de liberdade é arbitrária», exigindo ao Governo espanhol que «resolvesse a situação» do político independentista «mediante a concessão da liberdade provisória até à conclusão do julgamento».
Fonte: Gara

Tasio Erkizia vai prestar declarações na AN espanhola por participar num acto de homenagem a «Argala»
A repressão sobre a esquerda abertzale não pára. Erkizia acusou o PNV e o PSOE de «dar cabo» do debate interno da esquerda abertzale, em que se procura alcançar «um cenário democrático sem ingerências externas, nem violência».
O histórico dirigente da esquerda abertzale deve comparecer na Audiência Nacional espanhola, para prestar declarações ao juiz Baltasar sobre a sua participação no acto de homenagem a José Miguel Beñarán «Argala» que se realizou na localidade biscainha de Arrigoriaga no dia 21 de Dezembre de 2008.
Fonte: kaosenlared.net



Tasio: «O PSOE está a tentar dar cabo do debate interno».