quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Terceira sessão do julgamento do «caso 'Egunkaria'»


Álvarez Santacristina: «A ETA jamais promoveu qualquer tipo de jornal»

O preso José Luis Álvarez Santacristina realçou que «a ETA jamais promoveu qualquer tipo de jornal nem nada que se pareça» na terceira sessão do julgamento do «caso Egunkaria», que ontem decorreu em Madrid.

As declarações dos guardas civis, que afirmaram que foi tudo «normal» durante o período de detenção, quando os arguidos disseram ter sido torturados, deram início à terceira sessão do julgamento do «caso Egunkaria», que começou a 15 de Dezembro último em Madrid.

Tal como o fez nas duas sessões anteriores, o magistrado Miguel Angel Carballo não colocou qualquer questão aos guardas civis, postura que abandonou quando o preso José Luis Álvarez Santacristina prestou declarações.

Este afirmou ter tido responsabilidades políticas na organização armada e foi contundente ao responder à questão do magistrado sobre se a ETA tinha tido alguma coisa a ver com o aparecimento do Egunkaria. «É completamente falso. A ETA jamais promoveu qualquer tipo de jornal nem nada que se pareça», afirmou Álvarez Santacristina.

E vincou: «aquilo que estou a dizer é absolutamente verdade».

Depois de Álvarez Santacristina prestaram declarações os também presos Jose Mari Dorronsoro e Carmen Gisaola. O primeiro disse que não conhecia os documentos que lhe foram mostrados a pedido da Dignidad y Justicia, enquanto Gisasola disse que antes de ser encarcerada não conhecia o projecto do Egunkaria.
Depois desta sessão, o julgamento fica suspenso até ao dia 25 de Janeiro.

«Fortalecidos»
Os cinco arguidos – Joan Mari Torrealdai, Iñaki Uria, Martxelo Otamendi, Txema Azurmendi e Xabier Oleaga – chegaram às 10h. Antes de entrar, Torrealdai afirmou que se encontram «fortalecidos» depois de se ter visto na manifestação do passado dia 19 de Dezembro «o protesto do nosso povo contra o encerramento do Egunkaria e o seu posicionamento a favor da nossa liberdade».
Referiu ainda que, após a sessão de ontem, também «ficará bastante clara a independência do Egunkaria e a inocência dos arguidos».
Fonte: Gara