O preso político basco Eneko Goieaskoetxea, que se encontra na prisão de Belmarsh, iniciou ontem uma greve de fome. Segundo informou a Etxerat, o preso gernikarra procura denunciar os problemas constantes relacionados com as visitas, que, não sendo novos, se agravaram nas últimas semanas - perdeu três visitas de familiares e amigos nas últimas cinco semanas.
A Etxerat refere que o regime da prisão de Belmarsh é bastante duro e que todas as visitas a Eneko têm de ser em inglês; no caso de os visitantes não saberem inglês, é obrigatória a presença de um tradutor ou a existência de um gravador.
Segundo refere a associação de familiares e amigos dos presos políticos bascos, Goieaskoetxea tem três horas de visita por semana, e é obrigado a pedi-las com duas semanas de antecedência. Ao fazê-lo, também solicita um tradutor por escrito; mas, mesmo quando existe a confirmação de que irá haver um tradutor ou um gravador, o que é facto é que, quando os seus familiares e/ou amigos chegam à visita, deparam com a falta de ambos, sendo a visita cancelada.
Com vista a encontrar uma saída para esta situação, Eneko Goieaskoetxea vai ainda escrever uma carta ao director da prisão.
A Etxerat salienta o caso «especialmente duro» de Eneko, por se encontrar tão afastado de Euskal Herria e pelo facto de os seus familiares e amigos terem de enfrentar todos estes problemas, para além de todas as despesas que fazem e tempo de que necessitam para efectuar as visitas. Assim, a Etxerat, exige uma vez mais que se respeitem os direitos dos presos políticos bascos, bem como os dos seus familiares e amigos. / Fonte: etxerat.info
Profissionais da Saúde exigem a libertação de todos os presos doentes
A situação que os presos políticos doentes enfrentam continua a despertar respostas na sociedade de Euskal Herria. Ontem, uma dezena de profissionais da Saúde divulgou publicamente o seu apoio à mobilização convocada para este sábado em Gasteiz pelo movimento Herrira. Trata-se de uma manifestação em solidariedade com os catorze presos políticos gravemente doentes e para exigir a sua libertação, que terá como lema «Konpromizina, konpromisoa sendagai».