segunda-feira, 2 de junho de 2014

Na marcha contra o campo de tiro das Bardenas, pediu-se o encerramento das instalações militares

A 27.ª Marcha Anti-Campo de Tiro, que contou com o apoio de 15 partidos, nove sindicatos, 18 colectivos sociais e outros tantos grupos de vereadores, decorreu sob o lema «Polígono de tiro, no. Gastos sociales sí» e voltou a pedir o desmantelamento das instalações militares no Parque Natural das Bardenas, considerando que constituem uma ameaça para as populações e uma despesa «anti-social». Em Donostia, realizou-se uma homenagem à militante antinuclear Gladys del Estal, assassinada pela Guarda Civil no dia 3 de Junho de 1979.

No estremo sul de Nafarroa, junto a Aragão, os opositores ao campo de tiro criticaram as declarações que o ministro da Defesa fez quando visitou estas instalações, de acordo com as quais os gastos com a Defesa constituem mais uma despesa social.

Para a porta-voz da Marcha Anti-Campo de Tiro, Milagros Rubio, «não há nada mais anti-social que os gastos com o armamento», pelo que pediu que este dinheiro se destine a famílias, pessoas desempregadas, dependentes e serviços públicos como a Educação, a Saúde ou a Cultura.

Rubio criticou também o facto de o poder civil navarro que não exercer um controlo sobre o armamento que é utilizado nas Bardenas durante as manobras que a NATO nele realiza.

HOMENAGEM A GLADYS DEL ESTAL
Em Donostia, o colectivo ecologista Eguzki homenageou este domingo Gladys del Estal, habitante do bairro de Egia assassinada há 35 anos, durante um protesto antinuclear em Tutera (Nafarroa), com um tiro na cabeça disparado por um militar da Guarda Civil; segundo denuncia o Eguzki em comunicado, este continuou a fazer carreira na organização e chegou a ser condecorado, em 1992, com a Cruz do Mérito Militar.

Na cerimónia, em que se realizou uma oferenda floral simples, afirmou-se que, graças a Gladys del Estal e a outros activistas, «Euskal Herria fechou as portas à ameaça nuclear representada pelos projectos das centrais de Deba, Ispaster, Tutera e Lemoiz. No entanto, essa ameaça continuou presente através de Garoña, a central das mil fendas».

Amanhã, 3 de Junho, às 19h30, será tributada uma homenagem a Gladys em Tutera, na rua que tem o seu nome. / Ver: naiz.info e irutxulo.hitza / VÍDEO: Marcha contra o campo de tiro (naiz.info)