Por iniciativa do Município de Elgeta (Gipuzkoa) e de organizações ligadas à memória histórica, sindicatos e partidos que integram a Plataforma Basca para a Queixa contra os Crimes do Franquismo, realiza-se no dia 19 o Intxortako Erresistenteen Eguna, em que serão homenageados gudaris e milicianos sobreviventes e familiares de pessoas perseguidas pelo «golpe militar fascista».Representantes da plataforma sublinharam que o município guipuscoano é «símbolo da resistência à barbárie fascista, local onde milhares de pessoas de todas as tendências políticas e sindicais fizeram frente às tropas golpistas». Assim, recordaram que, a 4 de Outubro de 1936 e entre 20 e 24 de Abril de 1937 «milicianos e gudaris resistiram à brutal ofensiva militar levada a cabo nos contrafortes dos três Intxortas, liderada por Emilio Mola Vidal, Rafael García Valiño, Camilo Alonso Vega e Francisco Franco, com o apoio do fascismo internacional».
Gudaris e milicianos sobreviventes, bem como familiares de pessoas perseguidas, receberão uma obra realizada em ferro pelo artista de Arrasate (Gipuzkoa) Iñigo Arregi, que simboliza «a tenaz oposição de quem lutou por uma vida mais justa». Serão também homenageados, com a entrega dessa obra, os familiares de Anttoni Telleria Lamarain (natural de Elgeta, violada pelos fascistas a 25 de Abril de 1937, e cujos pais foram mortos quando a tentavam defender).
Serão ainda evocados Maravillas Lamberto Yoldi, natural de Larraga (Nafarroa), que foi violada e fuzilada com o seu pai a 16 de Agosto de 1936; Jon Izurrategi Berrostegieta, pároco de Elorrio (Bizkaia) durante 40 anos e que morreu na prisão de Dueñas (Palência), a 30 de Novembro de 1938; Miguel Gil, professor em Zalduondo (Araba), fuzilado a 9 de Agosto de 1936, com os também professores Bernandino Domingo e Mauricio Rodríguez. «Estas pessoas são uma pequena representação dos milhares de civis que sofreram represálias dos golpistas», referiram os organizadores. / Ver: naiz / Mais informação: SareAntifaxista e intxorta.org
