segunda-feira, 27 de abril de 2015

Jaiki Hadi alerta para aumento de entraves à assistência médica nas prisões

Membros da associação Jaiki Hadi deram uma conferência de imprensa em Bilbo, no sábado passado, na qual chamaram a atenção para o agravamento do estado de saúde de vários presos bascos gravemente doentes e para «os obstáculos e proibições» que enfrentam quando lhes querem prestar assistência médica e psicológica. A médica Mati Iturralde referiu que esta situação é consequência da operação levada a cabo pela AN espanhola contra alguns dos membros da associação. As restrições são mais graves quando muitos dos pacientes que tratam têm idade avançada e estão há longos anos na cadeia.

Os membros da Jaiki Hadi afirmaram que, para além dos 11 casos conhecidos de presos bascos gravemente doentes - Txus Martín, Ibon Iparragirre, Josetxo Arizkuren, Garikoitz Arruarte, Inma Berriozabal, José Miguel Etxeandia, Iñaki Etxeberria, Ibon Fernández, Aitzol Gogorza, José Ramón López de Abetxuko e Jagoba Codó -, há mais três prisioneiros com doenças muito graves, mas que preferem manter no anonimato.

Fernando Arburua e Oihana Barrios, visados pela operação da AN espanhola, manifestaram especial preocupação com três casos alarmantes: o do basauritarra Txus Martín, o do ondarrutarra Ibon Iparragirre e o do lasartearra Ibon Fernández Iradi. Sobre o caso de Txus, afirmaram que a «esquizofrenia se agravou dramaticamente no último ano» e que detectaram erros administrativos «repetidos» na administração do seu tratamento farmacológico. Sobre Ibon Iparragirre, afirmaram que o seu estado imunológico é muito frágil, assim como o estado neurológico e físico, e que é evidente o risco de a sua doença conhecer um desenvolvimento fatal. Ibon Fernández Iradi, que sofre de esclerose múltipla, aguarda que um tribunal tome uma decisão sobre a sua libertação, a 7 de Maio.

Tendo em conta estes casos e os entraves colocados à assistência médica aos prisioneiros, várias plataformas que defendem os direitos dos presos gravemente doentes convocaram uma jornada de mobilização para 16 de Maio nas localidades de onde são naturais os presos cuja situação é mais séria. / Ver: naiz e Berria