Os sindicatos SATSE, ELA, LAB, SME-FFHH, CCOO, UGT e ESK mostraram-se satisfeitos com a adesão à greve no serviço de saúde público da CAB, iniciada na quarta-feira às 22h00 por um período de 48 horas. Denunciaram os serviços mínimos «abusivos» decretados pelo Governo de Lakua para «boicotar» a greve, bem como outras estratégias atentatórias do direito à greve.
Ao meio-dia, cerca de 300 trabalhadores concentraram-se frente ao Hospital Santiago, em Gasteiz, 200 em Donostia, frente ao Departamento da Saúde em Gipuzkoa, e 400 à entrada do Hospital de Gurutzeta/Cruces, em Barakaldo (Bizkaia). Reivindicaram «emprego digno» e, face às declarações do conselheiro da Saúde, sublinharam que não estão a reclamar aumentos salariais, mas melhores condições de trabalho e a defender o emprego.
Mais de 30 mil trabalhadores estão abrangidos pelo pré-aviso de greve. Representantes sindicais afirmaram que a adesão estava a ser «importante» e que se notava uma diminuição de actividade nos centros de saúde e hospitais, pese embora a estratégia de «boicote» assumida pela Administração do Osakidetza, tanto na comunicação social como no interior dos hospitais (com o agendamento de operações para hoje, a substituição de trabalhadores em greve, a imposição de trabalhadores a mais em locais onde deviam funcionar apenas serviços mínimos para tornar obrigatório o atendimento não urgente, o recurso a estudantes de Medicina, etc.).
Os sindicatos acusaram a Administração do Osakidetza de querer que «os trabalhadores ponham fim à luta sem dar nada em troca» e garantiram que tal não vai acontecer. A recuperação do emprego «destruído» nos últimos anos, a diminuição da carga laboral, a eliminação da discriminação salarial entre trabalhadores, a recuperação de «todos os acordos incumpridos» pelo Osakidetza são algumas reivindicações que os trabalhadores querem ver negociadas. / Ver: Berria, naiz e argia / Nota do LAB