Ontem, numa zona do monte Ezkaba localizada no município de Berriozar (Nafarroa), investigadores da Sociedade de Ciências Aranzadi encontraram os primeiros ossos de cinco pessoas que participaram na fuga do presídio fascista de San Cristóbal, a 22 de Maio de 1938.
A Câmara de Berriozar, responsável pela iniciativa, teve conhecimento deste caso através de histórias transmitidas oralmente e decidiu levar a cabo as pesquisas neste local específico por indicação de Juanito Urdaniz, que tinha 13 anos quando se deram os fuzilamentos e hoje, com 90, se lembra bem de como tudo se passou.
Dos 795 presos que participaram na fuga de Ezkaba, em Maio de 1938, apenas três (ou quatro) conseguiram chegar a França; mais de 200 foram mortos a tiro na «caça» que se seguiu. Sobre estes cinco, sabe-se que quatro foram presos, levados para a escola de Berriozar e fuzilados no dia seguinte; o quinto foi fuzilado alguns dias depois e abandonado no local, sendo enterrado junto aos primeiros por um habitante da localidade.
No local, seguem as investigações o vice-presidente da Câmara de Berriozar, Raul Maiza, e o deputado do Parlamento de Nafarroa Victor Rubio (ambos do EH Bildu). Este último sublinhou que, apesar de o Parlamento ter aprovado a Lei da Memória Histórica, o Governo navarro não a cumpre, não tendo dado um tostão para a exumação e identificação dos corpos dos fuzilados. / Ver: Berria e argia / Ver crónica no naiz
sexta-feira, 10 de abril de 2015
Encontrados os primeiros ossos de cinco fuzilados na fuga de Ezkaba
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