segunda-feira, 20 de abril de 2015

Familiares dos presos intimados recusam-se a depor

Numa conferência de imprensa hoje realizada em Donostia, a Etxerat revelou que os 127 familiares dos presos (109 guipuscoanos e 18 biscainhos) intimados presencialmente ou pelo telefone a depor como testemunhas nos quartéis de Intxaurrondo e La Salve, entre hoje e dia 29, decidiram não comparecer. Nas intimações, não vem referido o processo que justifica o seu depoimento, embora os familiares pensem que se relaciona com as detenções dos advogados dos presos.

Na conferência de imprensa, os porta-vozes da Etxerat Maider Alustizak e Urtzi Errazkin, acompanhados por muitos outros membros da associação, pediram à sociedade e aos responsáveis políticos e sindicais que os ajudem a fazer frente à «perseguição» que lhes está a ser movida. Em seu entender, as intimações são uma nova forma de «pressionar os familiares» e de «fazer mal aos que estão nas cadeias».

Os membros da Etxerat afirmaram que as intimações são assinadas pela Guarda Civil e não por um juiz, e que nelas não se explica a razão pela qual têm de depor, apenas se referindo «branqueamento de capitais». Por isso, cada um dos intimados enviou um texto aos militares dizendo que não irá comparecer nos quartéis. Se existir um mandado judicial, responderão, mas esperam que tal não aconteça, disseram. / Ver: naiz e Berria

FAMILIARES DE PRESOS IDENTIFICADOS PELA GUARDA CIVIL
A Guarda Civil interceptou o autocarro em que seguiam os familiares de presos políticos bascos na cadeia andaluza de Algeciras, no regresso a Euskal Herria, e, durante 20 minutos, identificou todas as pessoas que estavam no interior da viatura.
Por outro lado, o autocarro que partira de Lemoa (Bizkaia) com destino à cadeia de Zuera (Saragoça), numa marcha solidária com o preso Iñaki Bilbao, foi interceptado à chegada à prisão. Todos os participantes na iniciativa foram identificados e a viatura foi passada a pente fino. / Ver: naiz