domingo, 15 de março de 2009

Em Otxandio, Olazti e Azpeitia

Otxandio denuncia o «sequestro» do preso Iñaki Pujana

Numerosos habitantes de Otxandio apresentaram-se ontem perante os órgãos de comunicação social e levaram a cabo uma manifestação para denunciar o “sequestro” do seu conterrâneo Iñaki Pujana, preso político que devia ter saído em liberdade no dia 23 de Fevereiro mas que, com a aplicação da doutrina do Supremo Tribunal, viu ser aumentada a pena em 12 anos. “Por isso dizemos que está sequestrado”, afirmaram da parte do Movimento pró-Amnistia.

Iñaki Pujana foi detido pela Polícia francesa em 1987 e, depois de permanecer encarcerado em La Santé, em 1991 foi extraditado para o Estado espanhol. Desde então, como ontem recordaram, sentiu bem na pele a política de dispersão, tendo passado por prisões como Carabanchel, Herrera de la Mancha, Puerto 2, Jerez de la Frontera, Algeciras e, desde Fevereiro de 2008, Ocaña. “É evidente que Iñaki, da mesma forma que os restantes membros do Colectivo de Presos Políticos Bascos (EPPK), foi vítima da política de dispersão concebida pelo PNV e pelo PSOE”, constataram os seus conterrâneos, e lembrando ainda que, tendo em conta que foi julgado de acordo com o Código Penal de 1973, já deveria andar livre pelas ruas da sua terra.

Seguir em frente
No entanto, também referiram que, “com a política ‘antiterrotista’ que o Estado espanhol utiliza contra o Povo Basco, qualquer lei serve para ilegalizar um partido, encarcerar uma pessoa e condená-la a pena perpétua”. Em todo o caso, face a esta situação, os habitantes de Otxandio avisaram: “não vamos abandonar nem um só preso, vamos continuar a denunciar esta guerra suja e não nos vão pôr fora da nossa terra nem das nossas ruas”. “Vamos seguir em frente como nos últimos 30 anos, até conseguir que esta terra e os seus habitantes sejam livres”, advertiram.

Fonte: Gara


O Município de Olazti reivindica o direito a recordar «Peru» e «Stein»

No dia 8 de Fevereiro passaram 25 anos sobre as mortes do oiartzuarra Bixente Perurena ‘Peru’ e do olaztiarra Angel Gurmindo ‘Stein’, assassinados pelos GAL. Neste triste aniversário, habitantes de Olazti convocaram um acto, uma manifestação e um almoço popular em Otsoportillo que acabaram por não se poder realizar, uma vez que a Audiência Nacional os proibiu.

No dia da convocatória, 18 jipes da Guarda Civil e duas furgonetas para levar detidos ocuparam militarmente Otsoportillo, primeiro, e Olazti, depois, montando controlos de estrada e identificando os moradores. Perante estes acontecimentos, o Município de Olazti aprovou no dia 11 deste mês uma moção, cujo conteúdo deu ontem a conhecer em conferência de imprensa.

Manifestação no dia 28
No primeiro dos pontos aprovados, a Câmara Municipal posiciona-se contra a proibição dos actos, e no segundo reivindica “o direito a evocar Angel e Peru”. Para além disso, “uma vez que é um tribunal político”, exige o fim da Audiência Nacional.

O Município também denuncia a presença e a atitude da Guarda Civil, lembrando-lhes que “não são bem-vindos à nossa terra”, e expressa a sua solidariedade às famílias dos dois militantes falecidos. Por último, convoca uma manifestação para dia 28, às 13h00, com o lema «Não às proibições, deixem Olazti em paz».

Fonte: Gara


Em Azpeitia, concentração em defesa de Xabier Etxeberria

Na sexta-feira, cerca de 100 pessoas juntaram-se em Azpeitia – e há uma nova convocatória para a próxima sexta – em defesa do preso político Xabier Etxeberria. Este encontra-se em greve de fome há 13 dias, perante a iminência de ser expulso do Estado francês, depois de aí ter cumprido a pena a que foi condenado, e de ser entregue às autoridades espanholas. Perdeu cerca de 6 kg e, apesar de se encontrar “animado”, o Movimento pró-Amnistia veio expressar preocupação pelo seu estado e lembrou que no ano passado 62 cidadãos bascos denunciaram ter sido torturados por forças policiais espanholas.

Fonte: askatu.org