quarta-feira, 11 de março de 2009
Manex Castro: Azkarate garante que o protocolo foi aplicado, MPA questiona-a
Miren Azkarate garantiu que “a Ertzaintza aplicou o protocolo que foi aprovado e que, como tal, estão a disposição do juiz todas as gravações e todos os documentos relativos a esta detenção”, em alusão a Manex Castro, que denunciou ter sido torturado durante os cinco dias que permaneceu sob incomunicação, às mãos da Polícia autonómica.
A porta-voz do Governo de Lakua insistiu que “nem a Ertzaintza nem o Departamento do Interior colocaram qualquer obstáculo à investigação do que quer que haja para investigar sobre as denúncias de tortura e maus tratos”.
O Movimento pró-Amnistia desafiou Azkarate, dizendo-lhe que, “se a denúncia de tortura é uma mentira, então os vídeos devem vir a público hoje mesmo”
Mais ainda, pediu-lhe que responda a determinadas questões, “uma vez que não têm nada a esconder”: “Por que é que os detidos não puderam estar com os seus advogados de confiança enquanto durou o período de incomunicação? Por que é que não os deixaram estar com os seus médicos de confiança? Por que é que permaneceram cinco dias sob incomunicação? Se o trato recebido foi correcto, como se pode entender que se assine uma declaração policial na presença da Ertzaintza e se negue tudo perante o juiz?”
Para o Movimento pró-Amnistia, as declarações de Miren Azkarate “não fazem outra coisa senão alimentar a realidade da tortura”. Por isso, pediram-lhe que assuma o compromisso de se demitir no caso “de os vídeos que menciona não aparecerem em breve”.
Fonte: Gara
O juiz Eloy Velasco dá ordem de prisão a Iraitz Santa Cruz
O juiz Eloy Velasco, da Audiência Nacional espanhola, interrogou durante uma hora Iraitz Santa Cruz, que já pôde prestar declarações com o seu advogado de confiança, uma vez decretado o fim do período de incomunicação.
O juiz deu-lhe ordem de prisão, acedendo assim ao pedido da Procuradoria, acusando-o de um delito de “colaboração com organização terrorista”.
Iraitz Santa Cruz foi conduzido hoje à Audiência Nacional espanhola depois de permanecer cinco dias sob incomunicação em poder da Ertzaintza. De acordo com as informações avançadas pelo Movimento pró-Amnistia, o jovem hernaniarra relatou que o trato recebido durante esse período foi correcto.
Fonte: Gara