Mataram trabalhadores, mas não puderam matar aquele espírito que tão fundo tinha calado na sociedade e que possibilitou alcançar um êxito e uns direitos impensáveis sem a luta travada.
Em 3 de Março de 1976 éramos acossados por uma ditadura feroz, agravada por uma enorme recessão económica, fruto de um sistema capitalista opressor e insaciável. Dois meses antes, tinha nascido em Gasteiz um movimento popular entusiasmante que aglutinava todo o tipo de pessoas e colectivos que encaravam a necessidade de alcançar uma mudança. Uma mudança para dignificar as condições de trabalho, para romper com o passado e estabelecer uma liberdade plena tanto a nível social como sindical e político, em suma, uma mudança que propiciasse a instauração de uma democracia total e real.
Foram duas as principais ferramentas de que essa luta e mobilização se serviu: por um lado, a solidariedade e, por outro, a participação e a tomada de decisões através da assembleia. Foram tão grandes a abrangência e a dimensão alcançadas que tanto o Estado como os patrões se assustaram com as consequências que podia ter, e a intensidade com que reprimiram todo aquele movimento foi brutal. Cinco trabalhadores assassinados e uma centena de feridos, muitos dos quais com extrema gravidade.
Mataram trabalhadores, mas não puderam matar aquele espírito que tão fundo tinha calado na sociedade e que possibilitou alcançar um êxito e uns direitos impensáveis sem a luta travada.
Andoni TXASKO
Em 3 de Março de 1976 éramos acossados por uma ditadura feroz, agravada por uma enorme recessão económica, fruto de um sistema capitalista opressor e insaciável. Dois meses antes, tinha nascido em Gasteiz um movimento popular entusiasmante que aglutinava todo o tipo de pessoas e colectivos que encaravam a necessidade de alcançar uma mudança. Uma mudança para dignificar as condições de trabalho, para romper com o passado e estabelecer uma liberdade plena tanto a nível social como sindical e político, em suma, uma mudança que propiciasse a instauração de uma democracia total e real.
Foram duas as principais ferramentas de que essa luta e mobilização se serviu: por um lado, a solidariedade e, por outro, a participação e a tomada de decisões através da assembleia. Foram tão grandes a abrangência e a dimensão alcançadas que tanto o Estado como os patrões se assustaram com as consequências que podia ter, e a intensidade com que reprimiram todo aquele movimento foi brutal. Cinco trabalhadores assassinados e uma centena de feridos, muitos dos quais com extrema gravidade.
Mataram trabalhadores, mas não puderam matar aquele espírito que tão fundo tinha calado na sociedade e que possibilitou alcançar um êxito e uns direitos impensáveis sem a luta travada.
Andoni TXASKO
Texto integral: kaosenlared
Ver ainda:
1 - «Perante um novo 3 de Março» (texto da Ahaztuak 1936-1977)
Na próxima terça-feira [hoje] cumprir-se-á um novo aniversário daquele 3 de Março, o de 1976, e da brutal intervenção policial que ficará como um marco na memória e na consciência da classe operária basca.
O LAB prestou uma homenagem simples às vítimas do 3 de Março de 1976, com uma oferenda floral junto ao monólito colocado na praça com o mesmo nome, em Gasteiz. A secretária-geral da central sindical, Ainhoa Etxaide, fez um apelo aos cerca de 200 trabalhadores presentes no acto, no sentido de intensificarem a luta, numa “época em que se vive uma situação económica complicada”, para que os trabalhadores “defendam os seus postos de trabalho” e “os seus direitos laborais”.