quarta-feira, 25 de março de 2009

Municípios navarros em defesa do euskara a partir da UEMA

Os autarcas de Leitza, Goizueta, Araitz, Arbizu e Basaburua, todos da esquerda abertzale, encorajaram outros municípios a trabalhar em prol do euskara a partir da UEMA, a comunidade que agrupa os municípios euskaldunes.

Xabier Zabalo, de Leitza, Patxiku Irisarri, de Etxalar, e Gorka Iriarte, de Arbizu, três dos municípios que fazem parte da Udalerri Euskaldunen Mankomunitatea, destacaram a importância de integrar uma entidade que, “ultrapassando diferenças ideológicas, tem como objectivo a normalização real da nossa língua”.

Em nome dos municípios navarros cujos autarcas são da esquerda abertzale, ofereceram uma conferência de imprensa em Iruñea para reafirmar o compromisso que assumiram quando passaram a fazer parte da UEMA e apresentar uma reflexão face à incorporação de outros municípios navarros nesta comunidade.

Depois de indicar que o UEMA é “um instrumento de primeira ordem” para trabalhar na normalização do euskara, afirmaram que a situação de Nafarroa “dá mais força” à decisão destas autarquias. “Infelizmente – acrescentaram – a política levada a cabo pela dupla UPN-PSN para fazer desaparecer o euskara não é nova, mas já vem de longe, tendo-se agravado nos últimos anos”.
Como exemplos disso, referiram a marginalização do euskara na Administração, o “acosso” que sofre no sistema educativo ou as “tentativas de sufocar” os meios de comunicação que desenvolvem o seu trabalho em euskara.

Na sua opinião, “na base destes ataques encontra-se a Lei da Língua Basca, com as suas zonificações e a sua guetização”. 23 anos depois da entrada em vigor desta lei, a conclusão a que chegam é que foi criada para levar ao “desaparecimento do euskara” e que as modificações que nela foram introduzidas, como a relativa aos limites da zonificação, “não servem para a normalização da língua”.
“Estes anos deram para perceber que a oficialização do euskara é imprescindível. Não garante o futuro, mas sem ela – acrescentaram – não se poderão dar passos concretos”.
Por isso, apelaram ao trabalho em prol desse objectivo, “ultrapassando as chantagens e os ataques do poder”.

Iñaki VIGOR

Fonte: Gara