O prisioneiro político de Azpeitia Xabier Etxeberria já perdeu mais de dez quilos desde que entrou em greve de fome, há 22 dias. Iniciou esta luta porque, ao cumprir a pena a que foi condenado pelos tribunais de parisienses no dia 31 de Março, as autoridades francesas o podem então expulsar do país e entregar à Polícia espanhola, “correndo assim o risco de ser torturado”.
Foi isto mesmo que o Movimento pró-Amnistia veio afirmar na conferência que levou a cabo em Donostia, juntamente com habitantes de Azpeitia, familiares de Etxeberria e a advogada Onintza Ostolaza. Convocaram ainda para esta sexta-feira uma manifestação, que partirá às 19h30 desde a Praça de Azpeitia, apelando à continuidade das mostras de solidariedade que os habitantes de Azpeitia têm dirigido ao seu conterrâneo encarcerado.
«Hipocrisia» do autarca
O interesse manifestado pelos cidadãos não foi secundado, segundo criticou o Movimento pró-Amnistia, pelo actual presidente da Câmara da localidade guipuscoana, Julian Eizmendi (PNV).
Os presentes referiram que tiveram que ser eles a convocar o autarca para uma reunião sobre a situação de Xabier Etxeberria, na qual lhe propuseram que convocasse uma sessão plenária extraordinária, mas sem que tal proposta fosse até hoje merecedora de qualquer resposta, e isto sabendo-se que o preso azpeitiarra vai já no 22.º dia de jejum.
“Em nosso entender, estamos perante uma nova mostra de hipocrisia por parte da pessoa que acedeu à autarquia como um exemplo da defesa de todos os direitos humanos. Conhecemos anteriormente a negligência de alguns autarcas relativamente a casos de tortura de cidadãos de Azpeitia. Pedimos-lhe que não faça o mesmo e que se envolva no caso de Xabier Etxeberria”, afirmaram ontem em Donostia.
Para além de recordarem que o estado de saúde do prisioneiro político se agrava à medida que o tempo passa – como evidenciam os dez quilos que perdeu desde o dia 3 de Março –, realçaram o facto de “um preso político basco ter tido que tomar medidas tão drásticas para defender os seus direitos básicos”.
É que a história recente do país evidencia a ocorrência de casos em que cidadãos bascos “foram expulsos do Estado francês para serem detidos, colocados sob incomunicação e torturados pela Polícia espanhola”.
Gari MUJIKA
Seis prisioneiros políticos bascos recuperam a liberdade
Os presos políticos donostiarras Peio Lamarka, Beñat Apalategi e Ekaitz de Ibero saíram em liberdade na sexta-feira, depois de pagarem uma fiança de 10 000 euros, e os biscainhos Amets Ladislao, Xabier Gutierrez e Ibai Egurrola sairão hoje, depois de pagarem uma fiança de 18 000 euros, de acordo com as informações avançadas pelo Movimento pró-Amnistia.
Por outro lado, 60 pessoas mobilizaram-se ontem em Ondarroa em defesa dos direitos dos presos, 60 em Santurtzi, 15 em Zaldibia, 11 em Euba, 16 em Astigarraga, 24 em Altza, 11 em Abadiño, 42 em Iurreta, 15 em Zaldibar, 47 em Laudio, 16 em Añorga, 20 no bairro bilbaíno de Zorrotza e outras 20 em Otxarkoaga.
Foi isto mesmo que o Movimento pró-Amnistia veio afirmar na conferência que levou a cabo em Donostia, juntamente com habitantes de Azpeitia, familiares de Etxeberria e a advogada Onintza Ostolaza. Convocaram ainda para esta sexta-feira uma manifestação, que partirá às 19h30 desde a Praça de Azpeitia, apelando à continuidade das mostras de solidariedade que os habitantes de Azpeitia têm dirigido ao seu conterrâneo encarcerado.
«Hipocrisia» do autarca
O interesse manifestado pelos cidadãos não foi secundado, segundo criticou o Movimento pró-Amnistia, pelo actual presidente da Câmara da localidade guipuscoana, Julian Eizmendi (PNV).
Os presentes referiram que tiveram que ser eles a convocar o autarca para uma reunião sobre a situação de Xabier Etxeberria, na qual lhe propuseram que convocasse uma sessão plenária extraordinária, mas sem que tal proposta fosse até hoje merecedora de qualquer resposta, e isto sabendo-se que o preso azpeitiarra vai já no 22.º dia de jejum.
“Em nosso entender, estamos perante uma nova mostra de hipocrisia por parte da pessoa que acedeu à autarquia como um exemplo da defesa de todos os direitos humanos. Conhecemos anteriormente a negligência de alguns autarcas relativamente a casos de tortura de cidadãos de Azpeitia. Pedimos-lhe que não faça o mesmo e que se envolva no caso de Xabier Etxeberria”, afirmaram ontem em Donostia.
Para além de recordarem que o estado de saúde do prisioneiro político se agrava à medida que o tempo passa – como evidenciam os dez quilos que perdeu desde o dia 3 de Março –, realçaram o facto de “um preso político basco ter tido que tomar medidas tão drásticas para defender os seus direitos básicos”.
É que a história recente do país evidencia a ocorrência de casos em que cidadãos bascos “foram expulsos do Estado francês para serem detidos, colocados sob incomunicação e torturados pela Polícia espanhola”.
Gari MUJIKA
Seis prisioneiros políticos bascos recuperam a liberdade
Os presos políticos donostiarras Peio Lamarka, Beñat Apalategi e Ekaitz de Ibero saíram em liberdade na sexta-feira, depois de pagarem uma fiança de 10 000 euros, e os biscainhos Amets Ladislao, Xabier Gutierrez e Ibai Egurrola sairão hoje, depois de pagarem uma fiança de 18 000 euros, de acordo com as informações avançadas pelo Movimento pró-Amnistia.
Por outro lado, 60 pessoas mobilizaram-se ontem em Ondarroa em defesa dos direitos dos presos, 60 em Santurtzi, 15 em Zaldibia, 11 em Euba, 16 em Astigarraga, 24 em Altza, 11 em Abadiño, 42 em Iurreta, 15 em Zaldibar, 47 em Laudio, 16 em Añorga, 20 no bairro bilbaíno de Zorrotza e outras 20 em Otxarkoaga.
Fonte: Gara