segunda-feira, 14 de setembro de 2009

AHT Gelditu!: «A repressão não confere maior legitimidade à defesa do TGV»


A plataforma AHT Gelditu! Elkarlana criticou na última sexta-feira os julgamentos e as multas por protestar contra o TGV, e avisou Lakua que «a repressão não confere maior legitimidade à defesa» deste projecto ferroviário.

A AHT Gelditu! Elkarlana de Bilbau emitiu um comunicado na última sexta-feira em que criticou o facto de os protestos pacíficos contra o TGV serem transformados num crime. A título de exemplo, a coordenadora apontou o julgamento pela paralisação das obras em Zaratamo (Bizkaia) e a multa que os participantes num protesto na estação ferroviária de Atxuri, em Bilbau, receberam.
Afirmaram ter a noção de que a Ertzaintza tem ordens para enviar os casos instaurados por estes protestos à Audiência Nacional espanhola, instruindo-os com base em acusações de «terrorismo», como aconteceu no caso formulado a partir da acção em Zaratamo, ainda a decorrer. Apesar disso, avisaram Lakua que «utilizar a repressão não lhe dá maior legitimidade no momento de defender o seu projecto» e desafiou o Governo de Patxi López a realizar um debate plural sobre o TGV.

A marcha chega ao fim
Os participantes na marcha que tem percorrido as obras desta infra-estrutura entre Gasteiz e Bilbau chegaram ontem à capital biscainha e deram a conhecer mais um caso no âmbito da perseguição policial de que têm sido alvo ao longo da marcha.
Na quinta-feira, os participantes foram retidos e identificados por agentes da Ertzaintza durante meia hora, em Galdakao.
No comunicado, deram ainda informações sobre as concentrações e manifestações que realizaram nas diversas localidades que a iniciativa atravessou.
O PNB, contra a nova linha?
Na sexta-feira, o PNB [PNV em Iparralde] tornou público um comunicado sobre a nova linha do TGV em Ipar Euskal Herria no qual expressa as suas dúvidas sobre a necessidade da infra-estrutura. O texto faz referência o estudo independente pedido pelas três regiões de Lapurdi que se opõem ao projecto. Nessa investigação fica-se a saber que a linha actual não atingiria um ponto de saturação antes de 2050, pelo que a nova linha seria desnecessária.
«O EAJ-PNB pede que o novo estudo seja tomado em consideração no projecto e que a possibilidade que propõe seja estudada com prudência. É preciso ter em conta os seus pontos positivos e negativos», diz a nota.
Notícia completa: Gara