quarta-feira, 9 de setembro de 2009

A Etxerat convoca manifestação nacional silenciosa para o dia 12, pelos direitos dos presos

A Etxerat convocou uma manifestação nacional silenciosa para o próximo dia 12 de Setembro em Donostia, com o propósito de denunciar a "criminosa política penitenciária" que os estados espanhol e francês aplicam e reivindicar os direitos dos presos políticos bascos.

Representantes da Etxerat compareceram hoje em Donostia para fazer uma avaliação dos acontecimentos deste Verão e convidarem agentes políticos, sociais e sindicais a manifestarem-se na capital guipuscoana no próximo sábado, dia 12, com o lema "Euskal presoak Euskal Herrira, dagozkien eskubideen jabe" [os presos bascos para o País Basco, senhores dos direitos que lhes assistem].

A marcha, que será silenciosa e partirá às 17h30 do túnel de Antiguo, terá como objectivo denunciar a política penitenciária "criminosa" e reclamar os direitos dos prisioneiros políticos bascos.

As representantes da Etxerat Lourdes Zabalegi e Josune Dorronsoro afirmaram que as condições de vida dos presos são cada vez mais "extremas" e que a actual política penitenciária "mata" e coloca todo um sector social num "constante corredor da morte".
Recordaram, neste sentido, o acidente sofrido em Burgos por familiares de Adur Fernández e contaram que pessoas encapuzadas inspeccionaram as furgonetas dos familiares que se deslocaram às prisões de Málaga e Granada no fim-de-semana passado.
"São medidas que não têm outro propósito senão o de destruir como pessoas e como sujeitos políticos os nossos familiares, amigos e amigas encarcerados", referiram, ao mesmo tempo que criticaram o facto de a pressão exercida sobre os familiares e amigos dos presos ter sido uma constante ao longo deste ano, com o objectivo de "apagar das ruas a exigência de respeito pelos direitos" do colectivo de prisioneiros políticos.

Nessa mesma linha, afirmaram que "a violência" utilizada neste Verão pela Ertzaintza busca "atingir a solidariedade para assim fazer desaparecer a denúncia da criminosa política penitenciária vigente".

"Mas vamos-lhes dizer muito claramente que connosco não levam a melhor. Há muito que perderam a batalha", realçaram, ao mesmo tempo quiseram "deixar bem claro" que a reivindicação respeitante aos direitos dos presos "vai continuar na rua".
Fonte: Gara