sábado, 26 de setembro de 2009
Dia Europeu das Línguas: Bai euskarari / Sim ao euskara
Iparralde: Sinal de grandes tempos para o bilinguismo no Município de Donibane Lohizune
O grupo municipal da oposição Herri Berri quis dar a conhecer o diferendo que mantém com o autarca de Donibane Lohizune (Lapurdi). Os vereadores querem ter a possibilidade de intervir em euskara durante as deliberações dos plenos municipais: «Queremos fazer um preâmbulo muito curto em euskara, e depois continuar em francês. Também solicitámos o parecer dos vereadores sobre a questão, em voto secreto. O autarca respondeu negativamente a estas duas propostas, argumentando que isso tornaria a sessão mais pesada. É verdade que há poucos plenos municipais em Donibane, visto que são organizados em função da agenda da Sra. Alliot-Marie», afirma Peio Etxeberri Aintxart.
«No entanto a comissão da língua basca do município não se opõe, e uma circular do Sub-Prefeito também subscrita por Max Brisson, refere que isso é possível. Uma moção subscrita pelo sindicato da cultura basca também vai no mesmo sentido. Para além disso, vivemos num cenário marcado pelo debate sobre a lei-quadro das línguas regionais e o lançamento da campanha Deiadar», acrescenta o vereador.
Contactado pelo telefone, o autarca Peyuco Duhart considera «que o Município dá grande atenção à questão do bilinguismo, nomeadamente através da formação de pessoal em euskara e de outras medidas com grande peso na matéria. Como tal, concordo com a ideia de que as questões da actualidade possam ser abordadas em euskara.» Os eleitos de Herri Berri querem chegar a um consenso. Hendaia, Sara, Senpere (Lapurdi) e outras localidades usam o euskara durante os plenos.
Béatrice MOLLE
Fonte: lejournalduPaysBasque - EHko Kazeta
Para se perceber o que é a «campanha Deiadar»: www.deiadar.org
Tasio (Gara)
Hegoalde: O Parlamento navarro, um muro de contenção para o desenvolvimento normalizado do euskara
O Parlamento navarro aprovou na quinta-feira uma proposta para modificar a «Ley del Vascuence» de forma a que várias localidades possam passar da zona «não bascófona» para a «mista». Esta primeira fase merece pelo menos duas considerações. Em primeiro lugar, deixa mais uma vez às claras a dimensão do controlo com que a UPN governa em Nafarroa, posto que conseguiu obrigar a CDN, através das «advertências» de Sanz, a fazer marcha atrás no seu apoio inicial à proposta (na votação de quinta-feira absteve-se).
Em segundo lugar, deixa claro que o actual Parlamento constitui um verdadeiro muro de contenção ao desenvolvimento do euskara, e que a «Ley del Vascuence» está ao serviço da limitação e não da normalização do idioma originário dos navarros. Na verdade, a proposta refere-se inicialmente a nove localidades, mas o PSN só apoiará os casos de quatro (Aranguren, Galar, Noain e Beriain), sempre que os seus municípios assim o solicitem por maioria absoluta. Noain não o fará, porque a UPN conta com essa maioria, e em Beriain isso dependerá do próprio PSN. Assim sendo, das nove localidades iniciais, só estaria garantida a mudança da zona «não bascófona» para a «mista» em duas: Aranguren e Galar. Esse é o verdadeiro alcance da «reforma».
Fonte: Gara
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Ver também: «A reforma da 'Ley del Vascuence' pode gerar uma crise no Governo navarro», em Gara
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