No dia 24 de Setembro, faleceu outro trabalhador no seu posto de trabalho, nesta ocasião um cidadão português de 44 anos, trabalhador da Ergolivre, empresa subcontratada pela empresa basca Olabarri. O português trabalhava na construção da Casa da Cultura de Derio. No mesmo acidente resultou gravemente ferido um outro operário também português, ao cair-lhes em cima uma viga de cimento de sete metros.
Resistimos a classificá-lo como acidente quando, com esta morte, são já 65 os trabalhadores que no País Basco, este ano, perderam a vida no seu posto de trabalho. A actual situação é de precariedade laboral, de infinitas subcontratações de subcontratos, de ritmos e de horários ilimitados.
Numa situação em que o aumento da pobreza, em que o medo de perder o trabalho, em que a falta de inspecção trazem como consequência mais e mais mortes, não se deve falar senão de terrorismo laboral, de terrorismo patronal e de permissividade (quando não colaboracionismo) institucional.
Hoje, dia 25, nós, delegados e delegadas sindicais do sindicato LAB, quisemos denunciar esta nova vítima mortal do terrorismo patronal, e concentrámo-nos ao meio-dia, durante uma hora, em frente à Câmara Municipal de Derio. Tendo em conta que as duas vítimas são cidadãos portugueses que trabalhavam no País Basco, levámos, junto à bandeira basca, uma bandeira de Portugal, numa homenagem internacionalista e operária a estes companheiros.
Comunicado em Kaosenlared.net
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Na faixa, lê-se: «Eles matam. Precisamos de mudar isto»