
No texto apresentado pelo magistrado Vicente González Mota acusa-se os vereadores Fermín Irigoien, Ezequiel Martínez e Izaskun Cebrián de poderem ter cometido um crime de [volte a tentar adivinhar...] «enaltecimento do terrorismo e humilhação às vítimas» no início das festas da localidade navarra. [A formulação é mais longa, mas acertou novamente!]
Acusa-se Martínez e Cebrián de mostrarem uma bandeirola com o lema «Euskal preso eta iheslariak etxera» [Os presos e os refugiados bascos para casa] na altura em que o kiliki negro deitou fogo ao txupin que marcou o início das festas, em Agosto.
Diz-se ainda que Martínez participou numa oferenda floral aos familiares de presos políticos bascos e, no que diz respeito a Fermín Irigoien, edil que se abraçou ao kiliki no txupinazo, é acusado de participar numa concentração na qual houve um aurresku em honra dos presos, acrescentando-se que ali se leu uma carta escrita por um prisioneiro basco na prisão.
A Procuradoria solicita também que o autarca do NaBai, Xabier Lasa, e um representante da sociedade cultural Zulo Alai prestem declarações. Também reclama uma cópia do expediente da sessão plenária da localidade que atribuiu o prémio a esta sociedade cultural e designou o programa de festas.
A queixa ocorre apenas duas semanas depois de o Governo de Nafarroa ter anunciado, por intermédio do seu porta-voz, Alberto Catalán, que tinha enviado um relatório policial sobre o txupinazo de Berriozar. As festas da localidade navarra começaram envoltas em polémica pela atitude de UPN, PSN e CDN, que deram início a uma campanha contra o lançamento do foguete pela esquerda abertzale quando se aperceberam de que este ano cabia aos vereadores independentistas essa honra.
Essas formações apresentaram uma moção para que o autarca não deixasse que os independentistas pudessem dar início às festas, sendo que estes, no final, chegaram a um acordo com o NaBai para que o txupin fosse lançado por colectivos populares. [Querem coisa mais ridícula? Há, por certo, mas esta toca bem nos limites.]
Mobilizações pelos presos
Por outro lado, na segunda-feira 30 pessoas mobilizaram-se em Zaldibar pelos direitos dos presos, 22 em Zaldibia, 15 em Bermeo, 25 em Ataun, 8 em Euba, 29 em Altza, 13 em Añorga, 90 em Santurtzi, 65 em Ondarroa, 46 em Laudio, 14 em Ordizia, 35 no bairro bilbaíno de Irala, 18 no de Otxarkoaga e 50 no de Rekalde, onde exibiram fotos.
Fonte: Gara
Na imagem: o abraço entre Fermin Irigoien e o kiliki negro, durante o txupinazo.