quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Juntas Gerais de Gipuzkoa desaprovam política de retirada de fotos de presos políticos bascos


As Juntas Gerais de Gipuzkoa decidiram hoje, com o apoio de PNV, Hamaikabat, Aralar, EB e Alternatiba, e a oposição de PSE e PP, reprovar a política de retirada de fotos de presos políticos bascos, por considerar que esta não possui justificação legal e que "viola gravemente a liberdade de expressão".

A câmara legislativa guipuscoana aprovou esta proposta durante a última sessão do debate de política geral, na qual também foi aprovada, com os votos contra do Aralar e a abstenção da EB e Alternatiba, uma iniciativa destinada a implementar programas para "deslegitimar o terrorismo e apoiar as vítimas".

O porta-voz do PNV, Asier Aranbarri, considerou o apoio a ambas moções uma tentativa de "tirar a ETA da agenda política", ainda que o PSE e o PP o tenham acusado de estar a defender posições opostas.

O texto da desaprovação da retirada de fotos, cuja notificação oficial será enviada ao conselheiro do Interior de Lakua, Rodolfo Ares, pede ao Governo autonómico que "proteja os direitos" de reunião e de liberdade de expressão no momento de autorizar as manifestações.

A representante do PSE nas Juntas, Lore Suárez, que qualificou esta proposta como a "moção da vergonha", criticou o deputado-geral, Markel Olano, por ter proposto um consenso e uma "blindagem ética para fazer frente à ETA" no seu discurso do primeiro dia do debate, para depois apoiar esta medida.

Por seu lado, Regina Otaola (PP) perguntou como é que "retirar a foto de um assassino" de uma parede pode ir contra a liberdade de expressão, tendo felicitado Ares por promover a retirada de imagens e pintadas. [Quê? Quem? Como? Que democrata eleita por tão democráticas vias espanholas e amada a todos os títulos, pelos seus tiques democráticos de governação, pelo povo da terra que a não elegeu abre a boca para felicitar e condenar? Xi!]

Aranbarri afirmou que o PNV entende a moção como uma exigência de que se respeite o direito ao cumprimento das penas em prisões próximas da terra de origem, e relacionou as fotos mais com a aproximação dos presos do que com a "apologia do terrorismo".
Fonte: Gara