A manifestação tinha sido convocada, principalmente, para fomentar ou reactivar a elaboração de uma lei sobre «as línguas regionais», mas a manifestação Deiadar do próximo sábado destina-se agora a reivindicar, muito simplesmente, uma lei. Efectivamente, um conselheiro do Ministério da Cultura voltou atrás no que respeita à promessa reiterada em diversas ocasiões pelo Governo, e as associações do mundo cultural basco elevam a voz.
É uma «traição», para o presidente da Euskal Konfederazioa, Michel Oronos, que não tem papas na língua no momento de expressar o seu descontentamento. A federação das associações de defesa da língua basca organiza a manifestação em colaboração com o Kontseilua, a federação que reúne as associações das sete províncias bascas. «A lei é necessária para colmatar as insuficiências do novo artigo 75.1 da Constituição», insiste Ione Josié, representante do Kontseilua, «e deve ser audaciosa».
Esta lei deveria permitir pôr em prática uma política linguística adequada, a oficialização do euskara, e de outras línguas menorizadas, em suma, o respeito dos direitos linguísticos, de acordo com o Kontseilua. O mundo associativo especificou as suas aspirações num documento que recolhe oito princípios, indispensáveis à eficácia da lei.
Protecção dos direitos linguísticos
«A elaboração de uma lei não é apenas uma questão formal, como nos disse o conselheiro do ministro da Cultura. Nós vemos diariamente os problemas que nos coloca a lei Toubon», explica Ione Josié.
Esta lei cria obstáculos aos bascófonos no que respeita ao uso do basco nos serviços públicos, por exemplo. É por esta razão que o Kontseilua exige um estatuto legal, a oficialização, para que o Estado possa introduzir um sistema de protecção dos direitos linguísticos.
Para o Kontseilua, é «primordial» tomar desde já medidas que garantam o futuro do euskara e que o número de bascófonos pare de diminuir. Efectivamente, os falantes de euskara rondam os 74 000 em Ipar Euskal Herria [País Basco Norte], ou seja, 25% da população.
De acordo com o Kontseilua, entre outras coisas, é importante que o sistema educativo permita que as novas gerações sejam perfeitamente bascófonas; que o euskara tenha lugar na administração, nos domínios socioeconómico, universitário e na formação. Ione Josié afirma: «A política linguística não deve estar unicamente dependente da vontade política dos eleitos».
E cada vez mais representantes eleitos exprimem o seu compromisso. A manifestação de sábado, às 17h, com partida do Mail Chaho Pelletier, recebeu o apoio de Max Brisson, conselheiro geral e presidente do OPLB, que estará presente, e o da presidente da Câmara de Senpere (Lapurdi), Christine Bessonart. Um apoio igualmente expresso por PNV, EA, AB, CFDT, FSU e NPA.
Goizeder TABERNA
É uma «traição», para o presidente da Euskal Konfederazioa, Michel Oronos, que não tem papas na língua no momento de expressar o seu descontentamento. A federação das associações de defesa da língua basca organiza a manifestação em colaboração com o Kontseilua, a federação que reúne as associações das sete províncias bascas. «A lei é necessária para colmatar as insuficiências do novo artigo 75.1 da Constituição», insiste Ione Josié, representante do Kontseilua, «e deve ser audaciosa».
Esta lei deveria permitir pôr em prática uma política linguística adequada, a oficialização do euskara, e de outras línguas menorizadas, em suma, o respeito dos direitos linguísticos, de acordo com o Kontseilua. O mundo associativo especificou as suas aspirações num documento que recolhe oito princípios, indispensáveis à eficácia da lei.
Protecção dos direitos linguísticos
«A elaboração de uma lei não é apenas uma questão formal, como nos disse o conselheiro do ministro da Cultura. Nós vemos diariamente os problemas que nos coloca a lei Toubon», explica Ione Josié.
Esta lei cria obstáculos aos bascófonos no que respeita ao uso do basco nos serviços públicos, por exemplo. É por esta razão que o Kontseilua exige um estatuto legal, a oficialização, para que o Estado possa introduzir um sistema de protecção dos direitos linguísticos.
Para o Kontseilua, é «primordial» tomar desde já medidas que garantam o futuro do euskara e que o número de bascófonos pare de diminuir. Efectivamente, os falantes de euskara rondam os 74 000 em Ipar Euskal Herria [País Basco Norte], ou seja, 25% da população.
De acordo com o Kontseilua, entre outras coisas, é importante que o sistema educativo permita que as novas gerações sejam perfeitamente bascófonas; que o euskara tenha lugar na administração, nos domínios socioeconómico, universitário e na formação. Ione Josié afirma: «A política linguística não deve estar unicamente dependente da vontade política dos eleitos».
E cada vez mais representantes eleitos exprimem o seu compromisso. A manifestação de sábado, às 17h, com partida do Mail Chaho Pelletier, recebeu o apoio de Max Brisson, conselheiro geral e presidente do OPLB, que estará presente, e o da presidente da Câmara de Senpere (Lapurdi), Christine Bessonart. Um apoio igualmente expresso por PNV, EA, AB, CFDT, FSU e NPA.
Goizeder TABERNA
Ver também: «Declaration des signataires de l'Appel de Corti», em ezkerabertzalea.info