Os três vereadores da esquerda abertzale processados por se solidarizarem com os presos no txupinazo de Berriozar foram prestar declarações à Audiência Nacional na quarta-feira. A queixa apresentada pela Procuradoria baseia-se num relatório elaborado pela Polícia Foral, que também enviou uma gravação e identificou cerca de vinte pessoas por participarem numa simples concentração contra a dispersão nas festas.
A queixa-vendetta apresentada contra os edis da esquerda abertzale pela participação no txupinazo de Berriozar foi preparada pela Polícia Foral, depois de o porta-voz do Governo navarro, Alberto Catalán, ter anunciado em meados de Setembro que tinham enviado um relatório policial à Audiência Nacional espanhola relacionado com a cerimónia inaugural das festas. E tal se veio a confirmar nesta quarta-feira, dia em que os três vereadores tiveram de prestar declarações na Audiência Nacional por isso.
O lançamento do foguete tinha sido precedido por uma tempestade mediática e política cujo intuito era o de arrebatar à esquerda abertzale o direito a lançar o txupin. No final, foi o kiliki negro da comparsa local que acendeu a mecha, abraçado ao vereador Fermín Irigoien.
Isto também não agradou a formações partidárias como UPN, PSN e CDN, que boicotaram o txupinazo, e na semana passada soube-se que a Procuradoria tinha apresentado uma queixa, justamente contra os três edis da esquerda abertzale, que foram intimados a prestar declarações em Madrid, acusados de «enaltecimento do terrorismo e humilhação às vítimas», apesar de estarem apenas processados por terem participado num acto contra a dispersão.
A presença no tribunal de excepção foi breve e passou desapercebida aos mesmos meios e partidos que tinham organizado uma enorme escandaleira à volta do caso. A Procuradoria limitou-se a perguntar aos acusados se tinham organizado uma campanha para «enaltecer» a ETA nas festas, por que razão exibiram a bandeirola a exigir a repatriação e se tinham participado num acto a favor dos presos.
Os três vereadores negaram ter organizado qualquer campanha e explicaram que mostraram a bandeirola para denunciar a dispersão e se solidarizarem com as suas vítimas. Quanto à mobilização, reconheceram que lá estiveram e ficaram a saber que a Polícia Foral tinha enviado uma gravação da mobilização.
Ficaram ainda a saber que na documentação enviada por este corpo policial à Audiência Nacional também foram identificadas vinte pessoas por participarem na referida concentração.
[Na sequência:]
«Silêncio político e mediático»
Manex ALTUNA
Fonte: Gara
Ver também: «Irigoien, Cebrian e Martin foram até Madrid e prestaram declarações durante cinco minutos», em eguzkiplaza.net via nafarroan.comA queixa-vendetta apresentada contra os edis da esquerda abertzale pela participação no txupinazo de Berriozar foi preparada pela Polícia Foral, depois de o porta-voz do Governo navarro, Alberto Catalán, ter anunciado em meados de Setembro que tinham enviado um relatório policial à Audiência Nacional espanhola relacionado com a cerimónia inaugural das festas. E tal se veio a confirmar nesta quarta-feira, dia em que os três vereadores tiveram de prestar declarações na Audiência Nacional por isso.
O lançamento do foguete tinha sido precedido por uma tempestade mediática e política cujo intuito era o de arrebatar à esquerda abertzale o direito a lançar o txupin. No final, foi o kiliki negro da comparsa local que acendeu a mecha, abraçado ao vereador Fermín Irigoien.
Isto também não agradou a formações partidárias como UPN, PSN e CDN, que boicotaram o txupinazo, e na semana passada soube-se que a Procuradoria tinha apresentado uma queixa, justamente contra os três edis da esquerda abertzale, que foram intimados a prestar declarações em Madrid, acusados de «enaltecimento do terrorismo e humilhação às vítimas», apesar de estarem apenas processados por terem participado num acto contra a dispersão.
A presença no tribunal de excepção foi breve e passou desapercebida aos mesmos meios e partidos que tinham organizado uma enorme escandaleira à volta do caso. A Procuradoria limitou-se a perguntar aos acusados se tinham organizado uma campanha para «enaltecer» a ETA nas festas, por que razão exibiram a bandeirola a exigir a repatriação e se tinham participado num acto a favor dos presos.
Os três vereadores negaram ter organizado qualquer campanha e explicaram que mostraram a bandeirola para denunciar a dispersão e se solidarizarem com as suas vítimas. Quanto à mobilização, reconheceram que lá estiveram e ficaram a saber que a Polícia Foral tinha enviado uma gravação da mobilização.
Ficaram ainda a saber que na documentação enviada por este corpo policial à Audiência Nacional também foram identificadas vinte pessoas por participarem na referida concentração.
[Na sequência:]
«Silêncio político e mediático»
Manex ALTUNA
Fonte: Gara