Rufi ETXEBERRIA, detido e levado para Madrid, entrevistado por O. LLORENTE
Logo após abandonar a Audiência Nacional espanhola, Rufi Etxeberria transmitia às bases da esquerda abertzale uma mensagem bem marcada: «Não são tempos para baixar os braços».
Depois destes três dias na esquadra, como vê esta operação policial?
Toda a operação policial foi uma montagem para arruinar a nova opção política que esquerda abertzale quer comunicar a Euskal Herria. É preciso realçar também que quem está por trás desta operação faz uma clara aposta na continuação do conflito. Procuram que a sensação de incapacidade se apodere dos cidadãos bascos, procuram retirar-lhes toda a esperança de que a situação possa mudar, e para tal valem-se de montagens deste tipo.
Logo após abandonar a Audiência Nacional espanhola, Rufi Etxeberria transmitia às bases da esquerda abertzale uma mensagem bem marcada: «Não são tempos para baixar os braços».
Depois destes três dias na esquadra, como vê esta operação policial?
Toda a operação policial foi uma montagem para arruinar a nova opção política que esquerda abertzale quer comunicar a Euskal Herria. É preciso realçar também que quem está por trás desta operação faz uma clara aposta na continuação do conflito. Procuram que a sensação de incapacidade se apodere dos cidadãos bascos, procuram retirar-lhes toda a esperança de que a situação possa mudar, e para tal valem-se de montagens deste tipo.
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Teme então que as pessoas desanimem mesmo ou acha que a operação não vai ter essa consequência?
Não é tempo para baixar os braços. Essa é a mensagem que gostaria de transmitir às bases e à esquerda abertzale em geral. Agora é preciso trabalhar ainda com mais empenho para que o nosso povo possa conhecer um novo cenário, e essa deve ser a missão primordial da esquerda abertzale. Euskal Herria exige e necessita de um cenário democrático, e é preciso alcançá-lo.
Não é tempo para baixar os braços. Essa é a mensagem que gostaria de transmitir às bases e à esquerda abertzale em geral. Agora é preciso trabalhar ainda com mais empenho para que o nosso povo possa conhecer um novo cenário, e essa deve ser a missão primordial da esquerda abertzale. Euskal Herria exige e necessita de um cenário democrático, e é preciso alcançá-lo.
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Como é que esta operação policial pode afectar a conquista desse novo cenário?
O objectivo desta operação foi o de travar o trabalho da esquerda abertzale nessa direcção. É verdade que os companheiros que foram encarcerados constituíam activos muito importantes e que trabalhavam de maneira firme, mas, apesar de no-los terem arrancado da nossa companhia, a esquerda abertzale deve seguir em frente com o trabalho que eles nos deixaram. E fazê-lo com mais força e empenho até para atingir os objectivos desejados por aqueles que foram presos.
O objectivo desta operação foi o de travar o trabalho da esquerda abertzale nessa direcção. É verdade que os companheiros que foram encarcerados constituíam activos muito importantes e que trabalhavam de maneira firme, mas, apesar de no-los terem arrancado da nossa companhia, a esquerda abertzale deve seguir em frente com o trabalho que eles nos deixaram. E fazê-lo com mais força e empenho até para atingir os objectivos desejados por aqueles que foram presos.
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Embora acabe de sair da Audiência Nacional, saberá da convocatória para a manifestação realizada pela maioria sindical basca, bem como das adesões que teve. Que sensação lhe dá esta notícia?
É óbvio que esta união de forças é positiva, mas não deixa de ser uma resposta pontual. A esquerda abertzale tem sempre em consideração este tipo de gestos, mas o importante será o trabalho que se vier a verificar depois desta manifestação, a partir de segunda-feira. E o que é preciso pedir é uma nova prática política, sobretudo àquelas pessoas e àqueles agentes que realmente queiram superar a actual situação e queiram conduzir este país a um cenário democrático. Neste sentido, quero realçar que a esquerda abertzale está totalmente disposta ao entendimento e à união de forças nessa direcção.
Fonte: Gara
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É óbvio que esta união de forças é positiva, mas não deixa de ser uma resposta pontual. A esquerda abertzale tem sempre em consideração este tipo de gestos, mas o importante será o trabalho que se vier a verificar depois desta manifestação, a partir de segunda-feira. E o que é preciso pedir é uma nova prática política, sobretudo àquelas pessoas e àqueles agentes que realmente queiram superar a actual situação e queiram conduzir este país a um cenário democrático. Neste sentido, quero realçar que a esquerda abertzale está totalmente disposta ao entendimento e à união de forças nessa direcção.
Fonte: Gara
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Na foto: Rufi Etxeberria (à esquerda) e Txelui Moreno, na sexta-feira, à saída da Audiência Nazional espanhola.