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Trinta anos depois da estreia no cinema, o «Alien» chega a Donostia pela mão do seu criador, Hans Ruedi Giger, que expõe a sua maior retrospectiva dos últimos anos.
Gara, Donostia * E.H
A mostra do artista suíço Hans Ruedi Giger, um dos pais da síntese entre o humano e o tecnológico que definiu o imaginário da ficção científica nas últimas décadas, permanecerá aberta até a 6 de Janeiro na sala Kubo Kutxa, em Donostia, onde se poderá ver a cabeça original do famoso alienígena.
Giger, nascido em Chur (Suíça) em 1940, obteve o reconhecimento internacional pela sua contribuição para o filme Alien, o oitavo passageiro, do realizador Ridley Scott, em que deu forma ao terrível extraterrestre e a alguns cenários do filme, a partir da série de desenhos que tinha reunido na obra Necronom V. Sem formação artística e influenciado pelo surrealismo, Giger afirmou numa conferência de imprensa que "foi fácil" transformar as imagens de Necronom V no Alien porque os seus colaboradores viam o livro como uma "bíblia", embora tenha reconhecido que deixou o cinema por se sentir envergonhado por outros filmes em que colaborou, como Species.
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Giger lamentou que sempre tenham olhado para ele com um "olho crítico", sobretudo no seu país, pelas suas colaborações cinematográficas, aspecto em que coincidiu com o comissário da exposição, Carlos Arenas, que afirmou que essa subvalorização tem como contraponto os círculos da cultura popular, que o classificam como um "autor de culto".
A bomba atómica, a destruição do meio ambiente, o excesso de população a nível planetário, o nascimento, o acto sexual e a simbiose entre o humano e a máquina são alguns dos temas abordados por Giger, que, nas palavras de Arenas, foi um "visionário" na criação de monstros e "ciborgs".
A bomba atómica, a destruição do meio ambiente, o excesso de população a nível planetário, o nascimento, o acto sexual e a simbiose entre o humano e a máquina são alguns dos temas abordados por Giger, que, nas palavras de Arenas, foi um "visionário" na criação de monstros e "ciborgs".
Entre as 106 obras que podem ser vistas nesta mostra, destacam-se a cabeça original do Alien, bem como parte do obscuro mobiliário que Giger desenhou para a casa de Harkonnen, na tentativa de Ridley Scott levar Dune ao grande ecrã, no início dos anos 80.
Com estas peças, está exposta uma série de desenhos a tinta e óleos da primeira fase de Giger, assim como numerosas pinturas com aerógrafo, técnica que marcou decisivamente a sua trajectória, desde 1972, porque lhe permitiu desenhar o seu universo imaginado "com um revólver, disparar a arte".
A série sobre Nova Iorque, em que aparece um torso humano coberto de cabos e mecanismos, antecipa as imagens de "ciborgs" e destaca-se pelo uso de moldes que dão à obra um ar mais futurista e industrial, que foi explorado em filmes como Terminator e Robocop, e que saltou para âmbitos como a arquitectura ou as capas dos discos de rock, comentou Arenas. A visita fica completa com dois vídeos sobre o museu de Giger e a rodagem de Alien, "o monstro que devorou o próprio artista".
Com estas peças, está exposta uma série de desenhos a tinta e óleos da primeira fase de Giger, assim como numerosas pinturas com aerógrafo, técnica que marcou decisivamente a sua trajectória, desde 1972, porque lhe permitiu desenhar o seu universo imaginado "com um revólver, disparar a arte".
A série sobre Nova Iorque, em que aparece um torso humano coberto de cabos e mecanismos, antecipa as imagens de "ciborgs" e destaca-se pelo uso de moldes que dão à obra um ar mais futurista e industrial, que foi explorado em filmes como Terminator e Robocop, e que saltou para âmbitos como a arquitectura ou as capas dos discos de rock, comentou Arenas. A visita fica completa com dois vídeos sobre o museu de Giger e a rodagem de Alien, "o monstro que devorou o próprio artista".
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SALA KUBO KUTXA
«H.R. Giger, Retrospectiva»
De 16 de Outubro de 2009 a 6 de Janeiro de 2010
Av. de Zurriola Etorbidea, 1 (Gros auzoa * Donostia)
Tel: 943012400 kubo@kutxa.es
Texto completo: «Criador de pesadelos e criaturas impossíveis», de Koldo LANDALUZE, em Gara