Tasio (Gara)
Endika Lejarzegi não é Rodriguez Galindo + «Zer da hau!?» / O que é isto!? + «Ya nos gustaría que esto fuera un mal chiste».
Eh pá, nós também! Esta, ou a do Hodei, que é outra muito má, ou a da Kontsuelo (para essa até falta um novo léxico), e podíamos passar aqui um bom bocado a esticar a lista, a referir pessoas e atropelos, as viagens longas (+ 40 minutos), os casos, eles e elas, de que temos conhecimento, dizendo para nós mesmos «lasai, lasai», alimentando a certeza de uma Euskal Herria habitável de uma outra forma. Num português que nos soa familiar e natural, vamos também dizendo «A bucha é dura, mais dura é a razão que a sustém» (eta harriak, zuhaitzak, zelaiak, haizea, itsasoa hantxe daudela badakigu) e vamos escutando-guardando as muitas palavras soltas das ruas-cafés-casas-de-comércio-e-por-aí-à-solta-onde-calha, que furam aquelas cortinas que se pretendem espessas como se neutralizassem toda a vossa existência, com a determinação, o querer, a identidade que sabemos. Trazem-nos o conforto de sabermos que vos ouvem, que a vossa tremenda luta sofrida e o exemplo ímpar que a vossa identidade enquanto povo vos confere também por aqui vão tendo eco. O gozo é perceber que, para lá de todos os bloqueios, a vossa realidade vai passando-atravessando o silêncio e que a máscara dos opressores (absurdo, demência e faça-se a longa enumeração que lhes assenta) dificilmente poderá resistir à vossa luta, digna e carregada de justiça (dagozkien eskubideen jabe). E mais assim é quando acabamos de saber que uma proposta de paz digna (Novembro de 2004) foi agora repescada pelo tribunal de excepção ou que jovens independentistas vão a julgamento pela dissidência que professam abertamente. Defenderam e defendem um País Basco independente. São «terroristas». Também aqui é preciso um novo léxico, porque «lasai, lasai» não basta (zuen borroka gurea da).
Euskal Herria maite. Maite. Maite zaituztegu.
Endika Lejarzegi EZ DA Rodriguez Galindo.
R. ATXIKIMENDU