sexta-feira, 9 de outubro de 2009

A Inquisição espanhola não tem descanso

Vão julgar Otegi, Permach e Álvarez por fazerem uma proposta de paz no comício de Anoeta de 2004

O magistrado Eloy Velasco decretou a abertura de uma audiência oral contra Arnaldo Otegi, Joseba Permach e Joseba Alvarez por "enaltecimento do terrorismo" no comício realizado em Anoeta a 14 de Novembro de 2004.

Naquele dia, perante um velódromo repleto, apresentou-se a "proposta renovada" do Batasuna, que, parafraseando Arafat, Arnaldo Otegi defendeu com "um ramo de oliveira na mão", pedindo que "não a deixem cair".

Reiterou então que a prioridade do Batasuna era a paz, que devia ser fruto de um processo de diálogo entre todos. A formação independentista assumia, nesse caminho, o compromisso de resolver de forma pacífica e democrática as diferenças que existissem e estabeleceu dois parâmetros de acordo. Um, entre os agentes bascos, para que se chegasse ao patamar que os cidadãos decidissem; outro, entre a ETA e os estados espanhol e francês, sobre a desmilitarização do conflito, sobre os presos, deportados e refugiados e sobre as vítimas.

Anoeta abriu caminho a um processo ao qual a esquerda abertzale viria a dar uma nova contribuição dois anos e meio mais tarde, no pavilhão Anaitasuna, em Iruñea.

Penas pedidas pela Procuradoria e pelo Foro de Ermua
A Procuradoria acusa os militantes independentistas de "enaltecimento do terrorismo" e pede para eles 18 meses de prisão e 12 anos de inabilitação, enquanto o Foro Ermua solicita cinco anos de prisão para cada um e 20 de inabilitação por "enaltecimento", "desobediência", "reunião ilícita" e "quebra de medidas cautelares".

Notícia completa: lahaine.org

O democrata-de-Euskal-Herria-a-Berlim-vai-um-palmo a trabalhar: «Ares espera "ordens claras" da Audiência Nacional para fechar as herrikos», em Gara
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Vídeo visto em: kaosenlared.net


Orain Herria Orain Bakea / Anoeta, Donostia, 14/11/2004