quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Gasteiz mexe-se depois da última onda de repressão, que atingiu vinte pessoas

O Movimento pró-Amnistia convocou na terça-feira os meios de comunicação em Gasteiz para comunicar que, em apenas um mês, quase vinte jovens foram intimados pela Audiência Nacional espanhola, ou para ali levados ou julgados. Em Setembro, as actuações deste tribunal de excepção atingiram especialmente a juventude desta cidade. E as razões para tal foram as mais diversas. Alguns deles receberam intimações para prestar declarações na qualidade de processados nos casos da Gaztesarea ou da D3M; outros foram julgados por diferentes causas; e alguns vão-se sentar agora no banco dos réus por actos de sabotagem ocorridos há sete anos.

Membros do Movimento pró-Amnistia ampliaram o foco para recordar que nos últimos meses «fomos testemunhas de uma repressão sem limites» e sublinhar que o objectivo é arrasar com tudo aquilo que tenha a ver com qualquer reivindicação democrática para Euskal Herria.

Os casos de sequestro e tortura denunciados por Juan Mari Mujika, Lander Fernández e Alain Berastegi, ou os últimos casos de pedidos de colaboração revelados pelo iruindarra Dani Saralegi e os gasteiztarras Imanol Pancorbo e Saioa Zerain, evidenciam, na sua opinião, que «o Governo espanhol, com a necessária colaboração do francês, optou por abrir uma nova etapa da guerra suja», sendo o desaparecimento de Jon Anza o exemplo mais cru. Recordaram também as acções fascistas como as que foram reivindicadas pela Falange y Tradición, que se «repetem com total impunidade», e cujo penúltimo expoente foram as inscrições que apareceram no Gaztetxe de Gasteiz. Por tudo isto, fizeram um apelo aos afectados para que mobilizem nesta sexta-feira, às 20h30, a partir da Virgem Branca.

«Legalidade à sua medida»
Os presentes recordaram que se reprime, detém e espanca as pessoas solidárias com as presas e os presos políticos bascos, e que as agressões contra estes se estão a reproduzir, que continuam a manter encarcerados os gravemente doentes e que são cada vez mais os que se encontram privados de liberdade mesmo quando cumpriram integralmente a pena a que foram condenados. «Pretendem aniquilar a solidariedade massiva que defende os direitos deste colectivo», salientaram na mensagem que deram a conhecer na terça-feira.

Zuriñe ETXEBERRIA
Notícia completa: Gara