segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Evocações, guerra suja e «Eusko Gudariak» no tribunal de excepção


Jon Anza recordado na homenagem anual a Lasa e Zabala, em Tolosa
Na sexta-feira à tarde, em Tolosa, em frente ao monumento de Bentaundi, decorreu uma emotiva homenagem a Joxean Lasa e Joxi Zabala, numa altura em que passam 26 anos sobre o sequestro, a tortura e a morte que sofreram nas mãos de mercenários dos GAL. Na cerimónia houve uma lembrança especial para o ex-preso e refugiado donostiarra Jon Anza, desaparecido há mais de seis meses.
Depois da oferenda floral e do aurresku de honra, um membro do Movimento pró-Amnistia interveio para perguntar ao primeiro-ministro espanhol e ao seu ministro do Interior se têm conhecimento do paradeiro de Anza ou qualquer informação sobre isso. Também não faltaram referências à repressão desencadeada pelo Estado espanhol.
Fontes: Gara e askatu.org

O magistrado da AN continua a pedir oito anos para os jovens de Lea-Artibai
O magistrado da Audiência Nacional espanhola decidiu manter o pedido de oito anos de prisão para os oito jovens da comarca biscainha de Lea-Artibai que estavam a ser julgados desde terça-feira pela sua militância política.
Eneko Etxaburua, Estebe Gaindiaga, Iban Etxebarria, Urko Pagoaga, Ainhoa Pagoaga, Eneko Ostolaza, Borja Oregi e Zaloa Zenarruzabeitia foram acusados de pertencer à Segi.
Estes foram os primeiros jovens a sentar-se no banco dos réus do tribunal de excepção por pertencerem à organização juvenil desde que o Supremo espanhol passou a considerar a Jarrai, a Haika e a Segi como «organizações terroristas». Estes oito jovens foram detidos por ordem do juiz Gran-Marlaska no dia 23 de Janeiro de 2008 e enviados para a prisão, excepto Pagoaga e Etxaburu, que pagaram uma fiança.
«Eusko Gudariak» na AN
Durante os três dias em que o julgamento decorreu, os acusados denunciaram repetidamente que estavam a ser julgados «unicamente» pela sua militância política. Todos se recusaram a responder às perguntas do magistrado da acusação e recordaram que as declarações dos interrogatórios foram obtidas sob tortura, como já tinham afirmado anteriormente.
Perante a decisão do magistrado da AN espanhola, Luis Barroso, os oito acusados decidiram finalizar a última sessão entoando o «Eusko Gudariak».
Na sexta-feira à tarde, em Markina (Bizkaia) centenas de pessoas vieram para a rua protestar contra este «julgamento-farsa».
Fonte: Gara