Começou esta manhã na Audiência Nacional espanhola o julgamento de oito jovens da comarca biscainha de Lea-Artibai, acusados de pertencer à Segi. Em Hego Euskal Herria [País Basco Sul] houve concentrações de apoio.
Arrancou esta manhã na Audiência Nacional espanhola o primeiro dos processos a decorrer contra jovens bascos acusados de pertencer à Segi, e que podem apanhar até oito anos de prisão.
Estebe Gaindiaga, Urko Pagoaga, Ainhoa Pagoaga, Eneko Ostolaza, Borja Oregi, Iban Etxebarria, Eneko Etxaburua e Zaloa Zenarruzabeitia, detidos a 23 de Janeiro de 2008, são os jovens que a partir de hoje se sentam no banco dos réus, mas depois deles virão muitas outras dezenas, já que o padrão utilizado contra estes jovens presos na operação de Lea-Artibai está a ser copiado para actuar contra os detidos em Donostia, Oarsoaldea ou Iruñerria.
Os processados, que vestiam T-shirts vermelhas com a frase "Independentzia", recusaram-se a responder ao magistrado da acusação e, ao responderem às questões dos seus advogados de defesa, lembraram que as declarações proferidas quando estavam sob incomunicação em poder da Polícia espanhola foram feitas sob tortura e coação, como denunciaram na altura.
Quando lhes perguntaram se iam responder à Procuradoria, vários jovens afirmaram no tribunal que estão a ser julgados pela sua militância política, pelo que o juiz os mandou calar-se. Para além disso, o presidente do tribunal interrompeu por diversas vezes o tradutor de forma a que não explicasse as razões apresentadas pelos jovens para não responder, argumentando que ao tribunal só interessa se vão responder ou não, e não as razões.
No primeiro dia do julgamento declarou como testemunha o comissário-chefe da Brigada Provincial de Informação de Bilbau, tendo afirmado que o secretário do atestado realizado após as detenções era o inspector Eduardo Puelles, morto num atentado da ETA no dia 19 de Junho deste ano.
Concentrações de apoio
Familiares e amigos dos jovens concentraram-se em frente aos tribunais de Bilbau, Donostia, Gasteiz e Iruñea para lhes manifestarem a sua solidariedade e denunciar a "situação injusta" por que estão a passar.
Arrancou esta manhã na Audiência Nacional espanhola o primeiro dos processos a decorrer contra jovens bascos acusados de pertencer à Segi, e que podem apanhar até oito anos de prisão.
Estebe Gaindiaga, Urko Pagoaga, Ainhoa Pagoaga, Eneko Ostolaza, Borja Oregi, Iban Etxebarria, Eneko Etxaburua e Zaloa Zenarruzabeitia, detidos a 23 de Janeiro de 2008, são os jovens que a partir de hoje se sentam no banco dos réus, mas depois deles virão muitas outras dezenas, já que o padrão utilizado contra estes jovens presos na operação de Lea-Artibai está a ser copiado para actuar contra os detidos em Donostia, Oarsoaldea ou Iruñerria.
Os processados, que vestiam T-shirts vermelhas com a frase "Independentzia", recusaram-se a responder ao magistrado da acusação e, ao responderem às questões dos seus advogados de defesa, lembraram que as declarações proferidas quando estavam sob incomunicação em poder da Polícia espanhola foram feitas sob tortura e coação, como denunciaram na altura.
Quando lhes perguntaram se iam responder à Procuradoria, vários jovens afirmaram no tribunal que estão a ser julgados pela sua militância política, pelo que o juiz os mandou calar-se. Para além disso, o presidente do tribunal interrompeu por diversas vezes o tradutor de forma a que não explicasse as razões apresentadas pelos jovens para não responder, argumentando que ao tribunal só interessa se vão responder ou não, e não as razões.
No primeiro dia do julgamento declarou como testemunha o comissário-chefe da Brigada Provincial de Informação de Bilbau, tendo afirmado que o secretário do atestado realizado após as detenções era o inspector Eduardo Puelles, morto num atentado da ETA no dia 19 de Junho deste ano.
Concentrações de apoio
Familiares e amigos dos jovens concentraram-se em frente aos tribunais de Bilbau, Donostia, Gasteiz e Iruñea para lhes manifestarem a sua solidariedade e denunciar a "situação injusta" por que estão a passar.
A associação Gurasoak [Pais] denunciou a "política de repressão contra a juventude" que tem levado centenas de jovens bascos para a prisão nos últimos anos e criticou o facto de em todos os casos "a campanha mediática ignorar o princípio da presunção de inocência e apresentar os nossos filhos e filhas como culpados perante a sociedade".
Denunciaram também o facto de, apesar dos protocolos e das recomendações dos relatores da ONU, a tortura "continuar a ser praticada com toda a impunidade" e de as declarações realizadas na esquadra continuarem a ser admitidas como provas incriminatórias pelos juízes da Audiência Nacional.
Esta associação recordou que no caso dos jovens de Lea-Artibai, além de serem julgados por pertencer à Segi, também se encontram imputados em diferentes processos por acções de kale borroka em que única prova utilizada são também as declarações forjadas sob tortura.
Fonte: Gara