Uma delegação da Euskal Konfederazioa composta por Mixel Oronos, Jakes Borthairu, Sebas Castets, Hur Gorostiaga e Jone Josie manteve uma reunião na sexta-feira à tarde, em Baiona, com Guillaume Métayer, assessor para as línguas do Estado do ministro da Cultura, Fréderic Mitterrand, em visita a Donibane Lohizune (Lapurdi).
O principal objectivo do encontro solicitado era interpelar o Governo sobre o projecto de lei que a anterior ministra da Cultura, Christine Albanel, tinha prometido elaborar este ano, no cumprimento da palavra dada pelo próprio Nicolas Sarkozy durante a campanha eleitoral para a Presidência. A lei devia proporcionar uma cobertura legal às línguas menorizadas do Estado francês que permitisse estabelecer políticas linguísticas eficazes orientadas para a sua recuperação e normalização.
À saída do encontro, os representantes da Euskal Konfederazioa afirmaram que Métayer lhes tinha dito que «não havia um projecto de lei em curso» e que o Governo «teria que avaliar bem a pertinência da sua elaboração», uma vez que considera que a modificação efectuada no ano passado na Constituição, reconhecendo-as no art. 75.1 como património do Estado, «é suficiente». [Continua a história do la France é rica em património, incluindo linguístico - e agora até já a Constituição o diz -, mas língua oficial só há uma e uma só.]
Desprezo e engano
A Euskal Konfederazioa declarou-se «enganada e desprezada» e apelou, «com mais razões que nunca», à participação na manifestação Deiadar prevista para sábado em Baiona, na qual, além da co-oficialidade do euskara, se reivindicará a elaboração da lei prometida.
A Seaska - federação das ikastolas de Iparralde - explica também o sentido do seu apelo à manifestação: «As nossas escolas estão no cerne da reivindicação pelo desenvolvimento das línguas regionais. Estas foram reconhecidas constitucionalmente, mas é importante que esse reconhecimento não seja uma fachada, nem um osso que nos atiram para nos manter entretidos. É necessário um projecto de lei, mas este projecto tem de ser ambicioso, de forma a responder às nossas necessidades. É preciso que os alunos que puderam fazer os seus estudos de uma forma eficaz numa língua regional possam viver a sua cultura e criar na sua língua.»
Fontes: Gara e lejournalPaysBasque - EHko Kazeta
Euskara, hizkuntza ofiziala!
Manifestação pela oficialidade do euskara, em Baiona, dia 24 de Outubro.
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segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Paris diz que não haverá lei para as línguas «menorizadas» do Estado
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