A coligação afirma que fará esta proposta em todas as instituições, em particular naquelas em que o PP apresentar a moção que será hoje debatida no Plenário da Câmara Municipal de Ermua.
O Bildu fez saber que os seus vereadores neste Município «não irão votar» a moção do PP. «Consideramos que é altura de ir muito mais além», dizem na nota. E, como tal, vão apresentar aos restantes grupos um texto concebido como uma «proposta», que a coligação fará em todas as instituições, «em particular naquelas em que o PP apresentar a moção».
No texto que vão apresentar às outras forças afirma-se que «a paz e a democracia são os componentes do novo tempo político, que apenas poderá ser construído sobre alicerces sólidos se for estruturado através do diálogo e do acordo, e tendo como base a pluralidade do país, que deve ser respeitada como premissa prévia e fundamental».
Propõe ainda «analisar entre todos, sem exclusões, o que é que os municípios podem fazer para avançar em direcção à paz», acrescentando que o futuro de Euskal Herria «deve depender da vontade dos seus cidadãos» e que «todos os projectos políticos, incluindo o da independência», devem ser «possíveis».
O Bildu afirma ainda que «a consecução do cenário que trará a paz e a solução do conflito» constitui a sua «prioridade absoluta», e pede aos restantes partidos um «exercício de responsabilidade» e de «generosidade» para que seja possível alcançar a «paz definitiva».
O PP iniciou no passado dia 14 de Junho, em Bilbo, o registo da moção que prevê apresentar nos 77 municípios bascos em que conseguiu representação e na qual se pede a condenação da ETA.