O bairro bilbaíno de Errekalde, que está agora a viver as suas festas, foi ontem palco de uma enorme kalejira em defesa de uma das suas marcas de identidade, o Kukutza Gaztetxea, projecto que se tornou uma referência cultural tanto a nível de Bilbo como de Euskal Herria. Uma iniciativa popular que tem à espreita uma acção de despejo e uma demolição, para que ali se sejam construídos apartamentos.
Errekalde veio ontem para a rua defender o seu gaztetxe, mas não foram só os moradores do bairro a reivindicar a sobrevivência do Kukutza; também o fizeram representantes sociais, políticos e culturais de Bilbo e de outros pontos de Euskal Herria. Desde a praça até ao espaço autogerido, reclamou-se a manutenção de um projecto graças ao qual é possível assistir a concertos, teatro, malabarismo, que alberga a única escola de circo da Bizkaia, um refeitório vegetariano que apresenta menus a cinco euros, onde há uma aula de dança, que serve de local de ensaio a bandas locais, que fabrica cerveja de modo artesanal, onde se faz troca de roupa e que é também o local de residência de dez jovens.
Agustín GOIKOETXEA
VER: GaraVer também: «Kukutza ez eraistea eskatu diote ehunka lagunek Udalari» (Bilbo_Branka)
Centenas de pessoas pediram ao Município que não deite abaixo o Kukutza