segunda-feira, 4 de julho de 2011

Leituras

«Todo es Garzón», de Julen ARZUAGA, Observatório de Direitos Humanos (Gara)
O juiz Baltasar Garzón surgiu de novo na actualidade, e fê-lo para confirmar a sua tradicional bipolaridade, que, de acordo com o diagnóstico de Arzuaga, necessita de tratamento. Arzuaga dedica precisamente o seu artigo à análise da trajectória deste juiz que tanto protagonismo adquiriu graças às suas actuações na Audiência Nacional espanhola, análise que explica o referido diagnóstico.

«Ni despotismo ni estupidez entienden de razones», Fede de los RÍOS (boltxe.info)
Como o maior problema é a crise económica e o desemprego, as medidas a adoptar são a doação de dinheiro público à Banca, as privatizações, o corte de serviços sociais, a precariedade, a flexibilidade e o embaretecimento dos despedimentos

«Cuando Brian Currin recibió una carta ¿de ETA?», de Iñaki ALTUNA (Gara)
No Verão de 2008, o facilitador sul-africano Brian Currin recebeu na sua casa de Pretória uma missiva assinada pela ETA que o exortava a abandonar qualquer tarefa relacionada com o conflito político basco. Numa entrevista posterior, numa reportagem sobre a sua pessoa, o próprio Currin afirmou que a carta lhe causou perplexidade, mas não o deixou paralisado. Entrou em contacto com a esquerda abertzale, em Euskal Herria, que lhe disse não ter qualquer notícia sobre esse posicionamento da ETA. Depois ficou a saber que a carta era falsa, acabando por receber uma nova comunicação com o anagrama da ETA, desta vez para reconhecer os seus bons ofícios.

A reportagem divulgada há alguns meses por um meio de comunicação catalão fazia referência a duas hipóteses possíveis para explicar o ocorrido. Fontes espanholas referiam que a carta poderia ter sido obra do «sector intransigente» da ETA, que se opunha a um eventual processo de paz, enquanto outras fontes apontavam para os serviços secretos espanhóis, os únicos que podiam ter averiguado o local de residência real de Currin e ter falsificado de forma verosímil um texto da organização armada. O que é certo é que a missiva foi desmentida pela própria ETA.