sábado, 18 de fevereiro de 2012

A Câmara Municipal de Iruñea rejeita a moção apresentada pelos familiares de Ángel Berrueta

A plataforma Angel Gogoan manifestou-se «surpreendida» pelo facto de na sessão de Câmara ter sido aprovada uma proposta do PSN e não a moção em que este colectivo pedia «verdade e reparação» para o morador de Donibane e solicitava a colocação de uma placa em sua memória.

Em vez deste texto, informou a plataforma num comunicado, a CM de Iruñea aprovou a proposta em que o PSN «condena» o que se passou em Março de 2004 quando, após os atentados de Madrid e na sequência de uma discussão sobre a colocação de um cartaz contra a ETA na padaria em que trabalhava, Berrueta foi morto por um agente da Polícia espanhola.

Na semana passada, a plataforma Angel Gogoan e a viúva de Berrueta mantiveram uma ronda de contactos com a maioria dos grupos municipais, pondo-os a par da moção dos moradores do bairro.

Nela, reclamam «verdade, reconhecimento e reparação para Angel e a sua família» e pedem autorização para colocar uma placa com o texto «Ángel Berrueta (13-03-2004) Tu barrio y tu familia te recuerdan, para que no vuelva a suceder. Angel gogoan zaitugu».

Durante estes contactos, acrescenta a plataforma, o Bildu e a Nafarroa Bai manifestaram a sua «inteira disposição» para apoiar a petição, a UPN disse que a «iria estudar» e o PSN que «havia a possibilidade de apoiar o primeiro ponto» mas que «não estavam dispostos» a aceder ao segundo.

Hoje, representantes da plataforma e da família de Berrueta assistiram à sessão de Câmara, onde, dizem, foram «surpreendidos» pela decisão de o PSN, que acrescentou um terceiro ponto à moção, o único que acabou por ser aprovado, e que «condena e repudia os acontecimentos da padaria». / Fonte: Gara

Leitura:
«Verdad, reconocimiento, reparación, también para Ángel», de Mari Carmen MAÑAS, viúva de Ángel Berrueta (ateakireki.com)
Ángel fue una víctima del odio que, ocho años después, no llegamos a comprender. Un odio que anidaba en esas personas. Un odio jaleado por el Gobierno central, tras los atentados del 11-M, empeñados en atribuirlos a ETA, cuando sabían desde el principio que habían sido perpetrados por grupos islamistas.