A esquerda abertzale considera que as detenções de Iñaki Igerategi e Inaxio Otaño, em Gipuzkoa, representam «a oferta obscena de Rajoy, Fernández Díaz e Basagoiti» às exigências de paz da sociedade basca.
A portavoz da esquerda abertzale Maribi Ugarteburu criticou as detenções de Iñaki Igerategi e Inaxio Otaño, Ttintto, realizadas na madrugada de ontem pela Guarda Civil, tendo afirmado que são o reflexo «da obscena oferta» do PP a uma sociedade «que reclama compromisso, responsabilidade e abertura para alcançar um cenário de paz».
«Esta é a resposta do Governo espanhol ao desejo de superação do conflito por parte da sociedade basca», afirma.
Num comunicado, Ugarteburu expressa a sua solidariedade aos detidos e salienta que estas detenções «ocorrem num contexto em que, graças às iniciativas empreendidas pela esquerda abertzale, juntamente com outros agentes, foi criado um cenário que permite avançar para a resolução definitiva e em clave democrática do conflito político».
Em seu entender, «o PP tenta dissimular o seu medo de um cenário de livre confrontação de ideias e projectos e a sua fragilidade política recorrendo à repressão e à violação de direitos», agarrando-se «à inútil via policial, quando todo o País Basco exige que siga pela via política».
Contudo, Rajoy e Basagoiti «enganam-se se pensam que, com o recurso à violência, vão condicionar o caminho para as soluções iniciado pelo povo basco».
«O nosso país avança para um cenário em que todos os direitos democráticos que lhe assistem sejam reconhecidos, enquanto o PP, liderado por Basagoiti e Oyarzabal, na sua posição minoritária, segue apenas pela via oposta às soluções», acrescentou.
Por isso, mostrou-se convencida de que «a maioria social e política do país irá superar a posição e a atitude imobilista do PP». Por último, a esquerda abertzale adere às mobilizações de protesto contra as detenções que se realizarem e apela à participação. / Fonte: Gara
A Guarda Civil prendeu em Andoain e Tolosa duas pessoas que a agência Europa Press identificou como Iñaki Igerategi e Inaxio Otaño. Acusam-nos de ligação à ETA.