A Lau Haizetara Gogoan e Ahaztuak criticaram esta terça-feira o decreto de reparação às vítimas da violência estatal. Um texto apresentado no dia anterior pela conselheira da Justiça de Lakua, Idoia Mendia, que, na opinião do segundo grupo, «não é mais que um exercício de doseamento de impunidade de acordo com a conveniência».
Em comunicado, ambos os colectivos afirmaram que o texto esboçado pelo Governo de Gasteiz não atende aos princípios de verdade, justiça, reparação e não repetição. «Os responsáveis dos crimes contra a humanidade continuam impunes, protegidos pelo próprio Estado», sublinhou Lau Haizetara Gogoan.
No mesmo sentido, a Lau Haizetara referiu que o estabelecimento de um âmbito temporal é «absurdo do ponto de vista histórico, sociológico e político». «Conduz, de modo injusto, ao reconhecimento como vítimas, com os direitos inerentes, de um número determinado de pessoas e nega esta condição a outras, também vítimas do mesmo regime», acrescenta.
Para além disso, as duas associações insurgiram-se contra a «consideração» de vítimas proposta por Lakua. De acordo com o decreto, recusa-se esse estatuto «àquelas pessoas que possam ter falecido ou ficado feridas em consequência da própria realização de actos violentos».
Tal como explicou a Lau Haizetara Gogoan, esta exclusão «não é feita a partir da perspectiva de um Estado de Direito democrático, na medida em que os actos são qualificados como violentos e ilegítimos com base na legalidade do próprio regime totalitário franquista». / Fonte: GaraLeituras:
«Sobre el decreto de víctimas presentado por el Gobierno Vasco», de Lau Haizetara Gogoan (lauhaizetaragogoan)
Esta exclusión no se hace desde una perspectiva de un Estado de Derecho democrático sino que los actos son calificados como violentos e ilegítimos en base a la legalidad del propio régimen totalitario franquista.«Nuevo decreto de victimas del Gobierno Vasco: impunidad a conveniencia», de Ahaztuak 1936-1977 (ahaztuak1936-1977)
«Temores reverenciales y miedos paralizantes», de Iñaki IRIONDO (Gara)
Sobre a falta de reconhecimento a Ángel Berrueta, assassinado em 2004:
«Verdad, reconocimiento y reparación», de Eva ARANGUREN, Peio MTNEZ. DE EULATE, Arantza OSKOZ, vereadores do Bildu na CM de Iruñea (Gara)