A iniciativa 1512-2012 Nafarroa Bizirik pediu à sociedade, colectivos e instituições que adiram ao seu manifesto para assinalar «o 500.º aniversário da conquista do reino de Navarra pelas tropas castelhano-aragonesas», um acontecimento que implicou «o fim da soberania de todo este povo».
Assim, no manifesto, que foi apresentado na sexta-feira passada numa conferência de imprensa pelo representante da iniciativa, Patxi Abasolo, lê-se que «o exército espanhol, enviado pelo Duque de Alba, entrou em 1512 a ferro e fogo em Navarra», um facto que «contradiz a versão do pacto entre iguais e de uma feliz união».
De acordo com o documento, este argumento constitui «uma interpretação histórica mal-intencionada, com a qual se procura justificar e legitimar a situação actual de Navarra», quando se tratou de «uma data-chave na destruição, pela força, da nossa natureza de estado».
«O nosso trajecto ao longo dos séculos mostra-nos que não só temos direito a recuperar o que de forma ilegítima nos foi arrebatado, mas também que a perda da soberania foi nefasta para o nosso país», acrescenta o texto.
Por tudo isto, a iniciativa 1512-2012 Nafarroa Bizirik pede a toda a sociedade, às Câmaras Municipais e demais entidades sociais que adiram a este documento e que apoiem a marcha que este colectivo vai convocar para dia 16 de Junho com o objectivo de assinalar o facto de «a sociedade navarra não ser livre para decidir a sua soberania» desde 1512.
Para além disso, foram criados comités populares em diferentes localidades e bairros da capital navarra que, segundo explicou Abasolo, querem que sejam um instrumento para «poder fazer frente aos desafios» da comemoração da efeméride que representou «a perda da soberania de Navarra». / Fonte: Diario de Noticias via boltxe.info