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A casa das irmãs Lacroix fica no caminho de Ahetze, no bairro de Ibarron, e a Polícia cortou o acesso à casa, colocando barreiras na estrada durante a operação. Entretando, com o intuito de apoiar as jovens, juntaram-se dezenas de pessoas nas redondezas e, quando as jovens estavam a ser levadas pela Polícia, os agentes lançaram gás lacrimogéneo contra as pessoas que lhes tentavam barrar a passagem.
Nahia e Odre são senpertarras e estão ligadas ao movimento juvenil independentista. Para além disso, estão envolvidas em actividades do gaztetxe da localidade e participam em diversas iniciativas a nível local.
De acordo com a agência Efe, são ambas acusadas de «tentativa de ataque [atentado]» [«eraso saiakera», no texto original, em euskara] contra uma casa, no âmbito da campanha contra a especulação imobiliária.Para protestar contra as detenções, ao fim da tarde teve lugar uma manifestação e uma concentração em frente à Câmara Municipal de Senpere, convocadas pela Askatasuna, nas quais estiveram presentes cerca de 200 pessoas. Segundo fizeram saber, as concentrações vão repetir-se diariamente. Para além disso, os presentes informaram que o namorado de Odre teve de ir depor a Pau e que os pais das jovens se encontravam em Baiona. O Batasuna também criticou a resposta do Governo francês aos passos dados pela sociedade basca e pediu-lhe que se empenhe na busca de uma «solução democrática». / Fonte: topatu.info e Gara
Fotos: Detenção em Senpere (Gara) / Vídeo: Manifestação em Senpere (Gara)
Ver também:
«Lacroix ahizpak atxilo hartu eta elkartasuna adieraztera joandako herritarren kontra gazak jaurti ditu Poliziak» (kazeta.info)«Os presos bascos em Villepinte, em greve de fome contra o isolamento» (Gara)
Os presos políticos bascos de Villepinte encontram-se em greve de fome contra as medidas de isolamento Desde o dia 4 de Fevereiro. Para Bilbo estão convocadas diversas acções de solidariedade. (Ver também: Bilbo Branka)
Umorea: «Paris afirma que os presos bascos já estão nas prisões "mais próximas"» (Gara)
O ministro francês da Justiça, Michel Mercier, tenta defender a ideia de que Paris não aplica a dispersão aos presos políticos bascos. Algo que se depreende da resposta dada no passado dia 13 de Janeiro pelo dirigente da UMP à senadora do PCF Nicole Borvo, que lhe tinha pedido que aproximasse os presos de Euskal Herria para assim «contribuir para a consolidação do processo democrático».
Diz o ministro que os presos «são orientados para os centros mais próximos das suas famílias». Uma afirmação que choca com a actual situação penitenciária dos presos bascos no Estado francês, que se encontram quase todos nas prisões em redor de Paris - La Santé (19), Fleury (37) e Fresnes (29). / Notícia completa: Gara