Numa conferência que decorreu ontem de manhã em Bilbo, a Etxerat afirmou que os direitos dos presos estão a ser violados, e recordou a negativa recente do Governo espanhol aos pedidos feitos individualmente pelos presos do Colectivo para acabar com a dispersão.
Afirmou também que a situação dos presos se está a deteriorar, e que os governos de Espanha e França «estão a andar para trás, em vez de avançarem». Para a Etxerat, os governos «pretendem continuar com a cruel política prisional».
Também se referiram ao modo como os presos são tratados, dando vários exemplos disso. Entre os casos mencionados, está o das «agressões físicas» a Itziar Moreno, em França, ou o das agressões a Xabier Arina por parte da Guarda Civil.
Para além disso, segundo realçaram, no final de Janeiro e princípio de Fevereiro os familiares dos presos foram submetidos a inspecções «rigorosas» nas prisões.O MP retira a acusação contra Artzai Santesteban, que foi julgado ontem
Decorreu ontem na Audiência Nacional espanhola o julgamento do jovem de Antsoain (Nafarroa) Artzai Santesteban, acusado de incendiar duas caixas multibanco em Setembro de 2008 e que enfrentava uma pena de sete anos de prisão. Não obstante, durante o julgamento o magistrado do MP decidiu retirar a acusação por falta de provas, e o jovem fica em liberdade.
No decorrer da sessão, o magistrado referiu que Iker Araguas Jusue, condenado a quatro anos e meio de prisão por causa destes incidentes, reconheceu em tribunal que o depoimento que tinha efectuado em instalações policiais, no qual incriminava Artzai Santesteban - única prova existente contra o processado -, fora feito de forma «inteiramente» forçada, sob maus tratos e torturas.
«O depoimento que fiz é falso e foi induzido mediante os maus tratos, como contei ao médico forense, a quem disse que, nos dias em que estive incomunicável, me colocaram o saco», concluiu Araguas. / Notícia completa: ateakireki.com
Rubén Villa Esnaola, que se encontra a aguardar julgamento, acusado de ser membro da Segi, deverá sair da prisão madrilena de Soto del Real depois de pagar os 30 000 euros de fiança decretados por um juiz, segundo conseguiu apurar o Gara.
Villa, natural de Sestao (Bizkaia), foi detido em Outubro de 2010 no âmbito de uma operação levada a cabo pela Polícia espanhola, que se saldou com a detenção de catorze jovens independentistas, que foram acusados de pertencer à Segi.
Tal como os outros detidos, Villa afirmou ter sido submetido a maus tratos físicos e psicológicos em instalações policiais. / Fonte: Gara
Recepção calorosa a Lorena Lopez em Errekalde
Lorena Lopez já tinha chegado a Bilbo na quinta-feira, tendo então recebido as boas-vindas no seu bairro, Altamira. Como é uma pessoa muito conhecida também em Errekalde, na sexta-feira dezenas de pessoas juntaram-se na praça deste bairro bilbaíno para dar as boas-vindas à ex-presa, que saiu da prisão na semana passada, depois de pagar 10 000 euros de fiança e ter passado quase um ano na cadeia.
Lopez foi detida em 1 de Março 2011, juntamente com os bilbotarras Dani Pastor, Bea Etxebarria e Iñigo Zapirain, numa operação levada a cabo pela Guarda Civil. Embora fosse inicialmente acusada de pertencer à ETA, a acusação acabou por cair. Os quatro detidos na operação afirmaram ter sido submetidos a maus tratos e torturas enquanto permaneceram incomunicáveis em poder da Guarda Civil. Etxebarria disse mesmo ter sido violada com um pau. / Fonte: Bilbo Branka