Naia Lacroix encontra-se na prisão francesa de Fresnes, isto depois de ter sido presente a um juiz, que lhe deu ordem de prisão. Numa conferência de imprensa que teve lugar ontem de manhã em Donostia, diversos agentes políticos, sociais e sindicais expressaram o seu «apoio e solidariedade» a Naia e Audrey Lacroix, as duas irmãs detidas em Senpere na terça-feira passada, acusadas de uma tentativa de atentado e de pertencer à Segi, e exigiram a libertação de Naia.
Andoni Rojo, membro dos Gazte Independentistak, acompanhado pelo membro do ENHE, Eneritz Otamendi, afirmou que esta detenção constitui um «duro ataque contra o processo de paz e normalização política», criticou os governos espanhol e francês por «continuarem imersos numa bolha de repressão», por «continuarem a escolher os jovens como alvo», e exigindo a ambos os estados que «dêem passos decididos» com vista a uma solução.
Manifestaram também a sua adesão às mobilizações convocadas em Ipar Euskal Herria para protestar contra estas detenções e fizeram um apelo aos cidadãos para que participem nelas, «exigindo respeito por todos os direitos humanos, civis e políticos» e reclamando «a imediata libertação de Naia». «Não são tempos para a repressão e negação», afirmaram.
O manifesto lido pelos porta-vozes foi subscrito, entre outros agentes, pela esquerda abertzale, EA, Aralar, Alternatiba, LAB, ESK, STEE-EILAS, ENHE, Gazte Abertzaleak, Iratzarri, Gazte Independentistak, Ikasle Abertzaleak, Bilgune Feminista, Herrira, Torturaren Aurkako Taldea, Behatokia, Etxerat, Anitzak e Euskal Herriak Bere Eskola. / Fonte: Gara / Ver também: kazeta.info
Xabier Arina, agredido na prisão de Almeria
Xabier Arina foi detido em Burlata no dia 22 de Outubro de 2010, acusado de ser membro da Segi. Foi parar à prisão depois de ter sido submetido a tortura, informa a Etxerat.
No dia 31 de Janeiro, o funcionário que estava a efectuar a contagem diária, quando chegou à cela de Xabier, quis que este se levantasse. O burlatarra respondeu-lhe que já o estava a ver, pelo que não era necessário levantar-se. Então, diz a Etxerat, o funcionário assumiu uma atitude agressiva, e apareceu com mais cinco funcionários, que entraram na cela, levaram Xabier de rastos, insultando-o, mesmo, enfatiza a Etxerat, sem que o preso basco oferecesse resistência.
Levaram-no então para outra cela e, como a janela estava aberta, estava tudo muito sujo e fazia muito frio. Ali, de forma agressiva, obrigaram-no a despir-se, revistaram-no e inspeccionaram todos os seus pertences.
Na manhã do dia seguinte, 1 de Fevereiro, transferiram-no de Almeria para Valdemoro. Como as transferências são efectuadas pela Guarda Civil, foi levado até à presença desses agentes. Então, um dos guardas começou a revistar Arina, batendo-lhe nas pernas e nos testículos enquanto o fazia. Ainda o ameaçou quando o meteram no veículo em que ia ser transferido, diz a Etxerat.
A transferência durou quatro dias, passando por Granada, Córdova e Puerto III. Em Córdova Xabier encontrou novamente o agente da Guarda Civil que lhe tinha batido e o tinha ameaçado, e ali voltou a ser insultado. Os quatro dias da transferência foram feitos sem as mínimas condições limpeza e higiene. Chegou a Valdemoro no dia 4 de Fevereiro, refere a Etxerat. / Notícia completa: exterat.info
A Guarda Civil colocou barreiras nas seis entradas de Gares por causa de uma assembleia local da esquerda abertzale
Segundo divulgou o Garesko Auzalan, na quarta-feira a Guarda Civil colocou-se à entrada de todos o acessos à localidade navarra e montou seis controlos simultâneos. A razão parece ser a assembleia que a esquerda abertzale de Gares ia realizar na salão multiusos da Câmara Municipal. Tal dispositivo militar por causa de uma assembleia local não faz grande sentido e, para além da surpresa, os controlos também foram motivo de irritação entre as dezenas de habitantes que ficaram retidos. / Fonte: ateakireki.com