quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Inauguram a Torre Iberdrola, com a ausência de grupos políticos e protestos de agentes sociais

A presença dos reis espanhóis na inauguração levou a que o Bildu e a Ezker Anitza não estivessem presentes na inauguração do edifício mais alto de Bilbo.

Os momentos anteriores à chegada dos monarcas espanhóis ficaram marcados por uma massiva presença policial, com patrulhas à volta do edifício, na Praça Euskadi e nos acessos às ruas vizinhas. Esta presença multiplicou-se quando a Brigada Móvel da Ertzaintza de dispôs à entrada da torre, formando um cordão frente aos manifestantes.

Representantes de diversos agentes sociais, sindicais, políticos e ecologistas chegaram à Praça Euskadi pelas 11h30 e exibiram duas grandes faixas em que se lia «Garoña Itxi Orain» e «Nuklearrik ez». Alguns dos manifestantes iam vestidos com fatos de macaco brancos, semelhantes aos utilizados nas centrais nucleares. Ao pé deles, um grupo de jovens mostrava bandeiras republicanas.

Depois, intensificaram-se os gritos contra a central nuclear de Garoña, a Iberdrola e a monarquia espanhola. «Ez, ez, ez, nuklearrik ez», «Los borbones, a los tiburones» ou «Los borbones también a la cola del INEM» foram as palavras de ordem mais ouvidas, perante os olhares atentos de uma patrulha que se colocou a poucos metros dos manifestantes.

A chegada do rei espanhol teve uma rápida reacção por parte dos manifestantes, que o receberam com assobios, insultos e mais cânticos dirigidos ao monarca espanhol, que acedeu ao edifício sem mais incidentes. Após a sua entrada, registaram-se os únicos momentos de tensão, com trocas de palavras entre manifestantes e algumas pessoas que tinham ido aclamar Juan Carlos de Bourbon, mas não se passou daí. / Fonte: Gara / Vídeo

Ver também: «[Fotos] Exigem o fechamento de Garoña em Bilbo, diante do monarca espanhol» (boltxe.info)

Leitura:
«El falo y la corona», de Gorka ZOZAIA (Gara)
La arquitectura de Bilbao nos deja así orgasmos rascando los cielos y muerte al ras de la ría, bajo los puentes. La precarización social es abrumadora y si se mantiene el orden de las cosas, se agudizará más si cabe en los próximos años