Representantes de várias organizações sociais, sindicais e políticas, unidas numa dinâmica de denúncia e solidariedade com as vítimas do acosso policial, vão dar início a uma campanha de denúncias junto do Ararteko [Defensor do Povo] e de comissões de Direitos Humanos, para «realçar a impunidade» subjacente à actuação dos diferentes corpos policiais. Afirmam ter recebido inúmeros testemunhos e, como tal, fazem um apelo à participação na concentração que terá lugar dia 10 de Março, às 12h00, frente à subdelegação do Governo em Bilbo. O jovem Iker Uruburu afirmou ter sido sequestrado, agredido e ameaçado de morte.
Os promotores da dinâmica expressaram a sua solidariedade aos afectados, tendo dito que estas situações «não podem ficar no âmbito pessoal de cada uma das pessoas que as sofrem, mas têm de ser divulgadas e tornar-se um problema colectivo». Um problema que, afirmam, «os representantes políticos e as instâncias de defesa dos direitos humanos, direitos civis e políticos devem denunciar e ao qual devem pôr fim».
O acosso, explicaram, «consiste em ameaças telefónicas, seguimentos 24 horas por dia, propostas de colaboração policial com os seus interlocutores, ameaças de represálias quando essas propostas são recusadas, agressões, esperas junto às casas dos afectados para fazer novas ameaças, sequestros no meio da noite com ameaças e pressões». Precisaram ainda que estas manobras foram efectuadas pela Ertzaintza, Polícia Nacional e Guarda Civil. / Notícia bastante mais desenvolvida: Bilbo Branka