A Ertzaintza carregou no final da manifestação convocada pelos sindicatos para comemorar os acontecimentos do 3 de Março de 1976 e deteve pelo menos três pessoas. Hoje de manhã, esquerda abertzale, Aralar, Eusko Alkartasuna e Alternatiba homenagearam os cinco trabalhadores mortos no dia 3 de Março de 1976 em Gasteiz durante uma carga da Polícia Armada e reclamaram «uma verdadeira transição democrática, assente no reconhecimento de Euskal Herria como nação».
Vídeo: Martxoak 3: homenagem dos partidos políticos (Gara)
Vídeo: Martxoak 3: carga da Ertzaintza (Gara)
Patrulhas da Polícia autonómica carregaram nas imediações da Praça da Virgem Branca, em Gasteiz, no final da manifestação convocada pelos sindicatos e que anualmente percorre as ruas da capital alavesa para render homenagem aos cinco trabalhadores mortos pela Polícia Armada no dia 3 de Março de 1976.
Na sequência destes incidentes, que se iniciaram quando a Ertzaintza carregou sobre um grupo de pessoas que estavam sentadas em frente à sede do PP, foram feitas pelo menos três detenções. Depois, continuaram a verificar-se ameaças de cargas pelas ruas circundantes, mas com menos intensidade.
Homenagem de alguns partidos políticos
Na cerimónia convocada pelos partidos políticos, que teve lugar esta manhã em frente ao monumento que evoca os cinco trabalhadores mortos pelos disparos da Polícia Armada, estiveram presentes o dirigente da esquerda abertzale Txelui Moreno; o vice-coordenador do Aralar, Dani Maeztu; e o secretário-geral do EA, Pello Urizar, entre outros.
Durante a cerimónia, alguns dos presentes gritaram palavras como «Policía, asesina» ou «Herriak ez du barkatuko» [o povo não perdoará].
No discurso lido durante a homenagem, elaborado pelas quatro sensibilidades políticas, destacou-se o facto de, «tal como há 36 anos, este povo precisar de uma segunda e verdadeira transição democrática, assente no reconhecimento de Euskal Herria como nação, bem como no seu direito a decidir livre e democraticamente o seu futuro».
Urizar
Em declarações aos jornalistas antes da cerimónia, Urizar considerou um «avanço» o facto de, pela primeira vez, o Governo de Lakua ter realizado uma homenagem em memória das vítimas destes acontecimentos. A cerimónia do Executivo decorreu no mesmo local, mas três horas antes da destas forças políticas.
Acto político
Txelui Moreno, porta-voz da esquerda abertzale, defendeu a necessidade de «romper amarras» com Madrid, na medida em que essa «dependência» é um «lastro» para o desenvolvimento e o bem-estar. Neste sentido, pediu às pessoas que venham para as ruas a 29 de Março, dia para o qual os sindicatos ELA, LAB, STEE-EILAS, ESK, Ehne e Hiru convocaram uma greve geral em Hego Euskal Herria contra a reforma laboral. / Notícia completa: Gara
Ver também: «Ertzaintzak hiru lagun atxilotu ditu martxoaren 3ko biktimak omentzeko manifestazioaren amaieran» (Berria)
«[Fotos e Vídeo] 3 de Março em Gasteiz, evocação dos trabalhadores assassinados e carga policial selvática» (boltxe.info)
«Ridículo institucional em Zaramaga» (SareAntifaxista)
Leitura:
«Gobierno de Lakua: Impunidad por decreto, cinismo por vocación», de Ahaztuak 1936-1977 (lahaine.org)
solo viene a mostrar lo dificil y hasta patético que es para unas instituciones que se denominan democraticas intentar a estas alturas «hacer como que se salen» que no salir del cenagal que supone una impunidad apoyada durante desde esas mismas instituciones para crimenes cometidos por un régimen fascista como fue el de la dictadura franquista