sexta-feira, 12 de março de 2010

Crise no Nafarroa Bai

Tasio (Gara)
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O prazo de 15 de Março dado pelo Aralar aos seus sócios para redefinir o futuro do Nafarroa Bai está a chegar ao fim sem haja sinais de que a coligação vá tomar qualquer decisão de carácter definitivo antes dessa data. O coordenador do Aralar em Nafarroa, Txentxo Jiménez, já reconheceu que vão ter de alargar o prazo até ao Verão.

As disputas e desconfianças entre os membros do NaBai foram uma constante desde o seu nascimento. Nem sequer os bons resultados eleitorais alcançados pela coligação evitaram os contínuos desencontros entre os seus principais membros.

O futuro do Nafarroa Bai paira no ar. Todos os seus integrantes o reconheceram publicamente, embora ninguém se atreva a assumir a responsabilidade de acabar com o projecto.

O PNV já disse que a sua aposta continua a ser o NaBai. Parece acertado dizer que o partido de Urkullu também não tem muitas outras alternativas. O Batzarre começa a virar-se para outras paragens, preparando o terreno para uma possível «colaboração institucional» com a IU.

O processo relativo ao congresso da formação liderada por Patxi Zabaleta serviu para que o Aralar precipitasse o debate, propondo que se encontrasse a fórmula numa data definida. Mas os acontecimentos mostram-nos que nem tudo é assim tão definido e há ocasiões em que se nota uma certa improvisação. O convite feito Jiménez (Aralar) ao Batasuna, ao mesmo tempo que criticava o EA por querer chegar a acordos com esta última formação, não fez mais senão baralhar mais o panorama.

Após os descalabros eleitorais nos três territórios da CAB, dá-se uma mudança na direcção do Eusko Alkartasuna, embora mantendo as orientações dos último congresso no sentido de explorar novas alianças estratégicas para fomentar o trabalho conjunto a favor da soberania.

Por último, surgiram os «independentes» reunidos em torno dos «nabaizaleok», para «alertar contra os perigos, para lá do ruído». Numa nota tornada pública, face aos acontecimentos que se estão a dar à volta da coligação, criticam «a pretensão redutora de converter o NaBai no espaço de acumulação de forças soberanistas» quando para estes militantes do NaBai «a sua grande virtude e marca de identidade foi precisamente a de estar aberta ao vasto espectro do basquismo e progressismo em Navarra». Dizem que falam agora porque «é isto que nos assusta e nos faz crer na necessidade de reagir.»
Fonte: nafarroan.com