Numa nota de imprensa divulgada ontem à tarde, a esquerda abertzale veio dar resposta às ameaças proferidas pelo ministro Rubalcaba contra as pessoas ou entidades que acusem as FSE por aquilo que se passou com Jon Anza. A esquerda abertzale considera que tanto o Executivo espanhol como o francês «sabem» o que aconteceu nesses onze dias e que com a «incrível» versão oficial divulgada «pretendem ocultar» o que realmente se passou.
Neste sentido, recordam que o desaparecimento de Anza se deu num contexto em que vários cidadãos bascos foram sequestrados por polícias espanhóis tanto em Hego como em Ipar Euskal Herria [País Basco Sul e Norte].
Por isso, e remetendo-se aos factos, afirma que «existe base suficiente para considerar que o "senhor X" que criou e dirigiu os GAL é o mesmo "senhor X" que está por detrás do desaparecimento e da morte de Jon Anza».
Depois de fazer um apelo à sociedade basca para que participe na jornada de mobilização convocada para esta quinta-feira exigindo o fim da guerra suja, a esquerda abertzale sublinha que estes episódios repressivos não vão condicionar a sua aposta política em «levar o Estado para o terreno que a todo custo quer evitar: o da confrontação política e democrática».
Brian Currin defende que a morte de Anza seja investigada por uma comissão independente
Num comunicado difundido pela plataforma Lokarri, Brian Currin destaca que a esquerda abertzale «se comprometeu com meios não violentos e está a trabalhar duramente para conseguir que esse objectivo seja uma realidade irreversível». Nesse sentido, adverte que «se a não violência se vai tornar a nova política de Euskal Herria, o compromisso com a não violência deve aplicar-se a todos, incluindo os governos».
Depois de salientar que «muitas vezes os rumores e percepções são tão reais como a própria verdade», o advogado e mediador sul-africano afirma que «se não se derem os passos para se saber o que se passou exactamente com Jon Anza durante o período que vai de 18 de Abril, quando desapareceu, e 29 de Abril, quando deu entrada no hospital, e para averiguar por que a Polícia não respondeu à notificação do hospital sobre a morte de um homem não identificado quando estavam a par do desaparecimento de Jon Anza, os cidadãos de Euskal Herria vão pensar que a Polícia estava envolvida na sua morte, mesmo que não tenha sido assim».
Currin julga ser «de grande importância que se nomeie uma comissão independente para responder a estas questões» porque, «se a morte de Jon Anza resultou de causas naturais, é importante que se esclareça, para que as percepções de má prática da Polícia possam ser refutadas».
Na sua opinião, «se a Polícia estiver envolvida de alguma forma, isto tem de ser demonstrado e os responsáveis têm de prestar contas».
Em seu entender, «estabelecendo uma investigação independente, o Governo estaria a mostrar o seu compromisso contra todo o tipo de violência, inclusive a que provém dos seus próprios agentes».
Fonte: Gara e Gara
-Neste sentido, recordam que o desaparecimento de Anza se deu num contexto em que vários cidadãos bascos foram sequestrados por polícias espanhóis tanto em Hego como em Ipar Euskal Herria [País Basco Sul e Norte].
Por isso, e remetendo-se aos factos, afirma que «existe base suficiente para considerar que o "senhor X" que criou e dirigiu os GAL é o mesmo "senhor X" que está por detrás do desaparecimento e da morte de Jon Anza».
Depois de fazer um apelo à sociedade basca para que participe na jornada de mobilização convocada para esta quinta-feira exigindo o fim da guerra suja, a esquerda abertzale sublinha que estes episódios repressivos não vão condicionar a sua aposta política em «levar o Estado para o terreno que a todo custo quer evitar: o da confrontação política e democrática».
Brian Currin defende que a morte de Anza seja investigada por uma comissão independente
Num comunicado difundido pela plataforma Lokarri, Brian Currin destaca que a esquerda abertzale «se comprometeu com meios não violentos e está a trabalhar duramente para conseguir que esse objectivo seja uma realidade irreversível». Nesse sentido, adverte que «se a não violência se vai tornar a nova política de Euskal Herria, o compromisso com a não violência deve aplicar-se a todos, incluindo os governos».
Depois de salientar que «muitas vezes os rumores e percepções são tão reais como a própria verdade», o advogado e mediador sul-africano afirma que «se não se derem os passos para se saber o que se passou exactamente com Jon Anza durante o período que vai de 18 de Abril, quando desapareceu, e 29 de Abril, quando deu entrada no hospital, e para averiguar por que a Polícia não respondeu à notificação do hospital sobre a morte de um homem não identificado quando estavam a par do desaparecimento de Jon Anza, os cidadãos de Euskal Herria vão pensar que a Polícia estava envolvida na sua morte, mesmo que não tenha sido assim».
Currin julga ser «de grande importância que se nomeie uma comissão independente para responder a estas questões» porque, «se a morte de Jon Anza resultou de causas naturais, é importante que se esclareça, para que as percepções de má prática da Polícia possam ser refutadas».
Na sua opinião, «se a Polícia estiver envolvida de alguma forma, isto tem de ser demonstrado e os responsáveis têm de prestar contas».
Em seu entender, «estabelecendo uma investigação independente, o Governo estaria a mostrar o seu compromisso contra todo o tipo de violência, inclusive a que provém dos seus próprios agentes».
Fonte: Gara e Gara
Ver também: «Jon Anza aparece morto em Toulouse: O hospital também não foi avisado das buscas», de Maite Ubiria, em Gara
"O comunicado emitido na segunda-feira à noite pelo Hospital Purpan, de Toulouse, no qual Jon Anza passou os seus últimos treze dias de vida, era taxativo no momento de descartar uma negligência cometida pelo centro hospitalar. O Hospital Purpan comunicou a três entidades que uma pessoa não identificada ali tinha dado entrada, embora a esquadra central de Toulouse diga nada saber. O hospital acrescentou ontem que também não foi avisado das buscas por parte da Polícia Judiciária de Baiona".