A procuradora de Baiona, Anne Kayanakis, confirmou que a investigação sobre as circunstâncias do desaparecimento e da morte de Jon Anza passou para as mãos de um juiz de instrução de Toulouse e disse que a partir de agora vão procurar esclarecer o que se passou antes e depois do falecimento do militante donostiarra.
A procuradora de Baiona, Anne Kayanakis, confirmou ontem à tarde que um juiz de instrução de Toulouse, cujo nome não revelou, tem agora a seu cargo a investigação sobre o desaparecimento e a morte de Jon Anza, por motivos de jurisdição territorial, já que o seu corpo apareceu na capital occitana.
Salientou que o juiz instrução conta com mais instrumentos que a procuradora para levar a cabo uma investigação que, segundo disse, se prevê «longa e complexa».
Assim, afirmou que a partir de agora se procurará estabelecer «com toda a clareza» aquilo que se passou antes e depois da morte do militante da ETA, isto é, desde que chegou a Toulouse, de comboio, a 18 de Abril de 2009 - algo que já foi confirmado, segundo explicou -, até ter sido encontrado numa rua da cidade inconsciente, e por que esteve onze meses sem ser identificado numa morgue.
Kayanakis confirmou também um dado que os advogados da família apresentaram ontem de manhã: que a roupa que Anza trazia quando partiu de Baiona, no dia 18 de Abril, e a que vestia quando foi encontrado inconsciente numa rua de Toulouse era diferente. O donostiarra levava uma mochila quando fez a viagem, e esta também não apareceu.
Disse que também se investigará que relação poderá ter a precipitada marcha de quatro guardas civis de um aparthotel de Toulouse, deixando para trás duas pistolas, dez dias após a morte de Anza e pouco depois de a família denunciar publicamente o seu desaparecimento.
A procuradora mantém que esse incidente não se relaciona com o caso Anza mas, apesar disso, afirmou que é necessário investigar essa e outras circunstâncias.
Uma vez que o caso passou para as mãos de um juiz de instrução, segundo referiu, a família poderá aceder ao dossier completo sobre os resultados da autópsia e decidir assim se solicita análises complementares, e também poderá figurar como parte civil na causa.
Fonte: Gara
A família de Anza exige ao juiz de instrução que estude «todas as hipóteses»
Os advogados de Jon Anza denunciaram o tratamento «cruel» e o «desprezo» que a família recebeu por parte da Polícia e da Justiça francesas nos últimos meses e especialmente nesta última semana. Reiteraram que não acreditam na versão oficial e pediram ao juiz de instrução que tem agora o caso a seu cargo que estude «todas as hipóteses».
«Indignação» e «enfado» são os sentimentos dos advogados e familiares de Jon Anza pela forma «cruel» como forma tratados por parte da Polícia e da Justiça francesas, segundo afirmaram ontem em conferência em Baiona.
Os advogados Amaia Rekarte, Xantiana Cachenaut, Miren Larreta, Jon Enparantza e Arantza Zulueta criticaram o «desprezo» com que a família foi tratada pela Justiça ao longo destes meses e sobretudo desde que no dia 11 de Março se deu o «aparecimento» do cadáver de Anza numa morgue de Toulouse.
Afirmaram também que ficaram a par da maior parte dos detalhes relativos ao caso através dos meios de comunicação e criticaram ainda os obstáculos e impedimentos que tiveram de enfrentar para poder ver o corpo, primeiro, e depois para que um médico de confiança estivesse presente na autópsia.
Recordaram que, quando a Polícia se pôs em contacto com a família para a avisar que tinham encontrado um corpo na morgue de Toulouse que podia corresponder ao de Anza, referiu com detalhe a roupa que este vestia no dia 18 de Abril de 2009, quando apanhou o comboio em Baiona com destino a Toulouse.
Com roupa diferente
Contudo, na segunda-feira passada o diário Le Journal du Midi publicou que a roupa que trazia quando foi encontrado numa rua de Toulouse, no dia 29 de Abril, não era a mesma que vestia quando desapareceu.
Por isso, insistiram que não crêem na versão apresentada pela procuradora de Baiona, Anne Kayanakis, «porque as suas explicações são objectivamente inconcebíveis», e manifestaram a convicção de que o corpo do militante donostiarra «foi ocultado».
«Não acreditam que depois de onze meses o corpo tenha aparecido por acaso, a família tem razões para pensar que foi ocultado», referiram.
Agora que o caso passou para as mãos de um juiz de instrução, consideram que este terá de esclarecer onde esteve Anza entre os dias 18 e 29 de Abril, onde estão os documentos e os medicamentos que levava consigo...
«Pensamos que é preciso estudar todas as hipóteses, aqui a única que ficou posta de parte foi a mentira que dita por Rubalcaba; por outro lado, tendo em conta os antecedentes que existem neste país e que uns guardas civis fugiram de um hotel de Toulouse... para a família ganha força a hipótese de um sequestro», disseram.
Fonte: Gara
Um familiar de Jon Anza foi notificado pela Ertzaintza
De acordo com Movimento pró-Amnistia, uma familiar de Jon Anza foi notificada pela Ertzaintza para ir prestar declarações à esquadra, por ter lido o texto no final da manifestação que teve lugar no domingo em Donostia.
Acusam-na de «apologia do terrorismo» e abriram um processo contra ela, segundo a mesma fonte.
O Movimento pró-Amnistia já veio criticar este facto com veemência, realçando a «marginalização, a perseguição» e a «repressão» de que os familiares de Jon Anza estão a ser alvo.
Fonte: Gara
Foto com a procuradora: kazeta.info
A procuradora de Baiona, Anne Kayanakis, confirmou ontem à tarde que um juiz de instrução de Toulouse, cujo nome não revelou, tem agora a seu cargo a investigação sobre o desaparecimento e a morte de Jon Anza, por motivos de jurisdição territorial, já que o seu corpo apareceu na capital occitana.
Salientou que o juiz instrução conta com mais instrumentos que a procuradora para levar a cabo uma investigação que, segundo disse, se prevê «longa e complexa».
Assim, afirmou que a partir de agora se procurará estabelecer «com toda a clareza» aquilo que se passou antes e depois da morte do militante da ETA, isto é, desde que chegou a Toulouse, de comboio, a 18 de Abril de 2009 - algo que já foi confirmado, segundo explicou -, até ter sido encontrado numa rua da cidade inconsciente, e por que esteve onze meses sem ser identificado numa morgue.
Kayanakis confirmou também um dado que os advogados da família apresentaram ontem de manhã: que a roupa que Anza trazia quando partiu de Baiona, no dia 18 de Abril, e a que vestia quando foi encontrado inconsciente numa rua de Toulouse era diferente. O donostiarra levava uma mochila quando fez a viagem, e esta também não apareceu.
Disse que também se investigará que relação poderá ter a precipitada marcha de quatro guardas civis de um aparthotel de Toulouse, deixando para trás duas pistolas, dez dias após a morte de Anza e pouco depois de a família denunciar publicamente o seu desaparecimento.
A procuradora mantém que esse incidente não se relaciona com o caso Anza mas, apesar disso, afirmou que é necessário investigar essa e outras circunstâncias.
Uma vez que o caso passou para as mãos de um juiz de instrução, segundo referiu, a família poderá aceder ao dossier completo sobre os resultados da autópsia e decidir assim se solicita análises complementares, e também poderá figurar como parte civil na causa.
Fonte: Gara
A família de Anza exige ao juiz de instrução que estude «todas as hipóteses»
Os advogados de Jon Anza denunciaram o tratamento «cruel» e o «desprezo» que a família recebeu por parte da Polícia e da Justiça francesas nos últimos meses e especialmente nesta última semana. Reiteraram que não acreditam na versão oficial e pediram ao juiz de instrução que tem agora o caso a seu cargo que estude «todas as hipóteses».
«Indignação» e «enfado» são os sentimentos dos advogados e familiares de Jon Anza pela forma «cruel» como forma tratados por parte da Polícia e da Justiça francesas, segundo afirmaram ontem em conferência em Baiona.
Os advogados Amaia Rekarte, Xantiana Cachenaut, Miren Larreta, Jon Enparantza e Arantza Zulueta criticaram o «desprezo» com que a família foi tratada pela Justiça ao longo destes meses e sobretudo desde que no dia 11 de Março se deu o «aparecimento» do cadáver de Anza numa morgue de Toulouse.
Afirmaram também que ficaram a par da maior parte dos detalhes relativos ao caso através dos meios de comunicação e criticaram ainda os obstáculos e impedimentos que tiveram de enfrentar para poder ver o corpo, primeiro, e depois para que um médico de confiança estivesse presente na autópsia.
Recordaram que, quando a Polícia se pôs em contacto com a família para a avisar que tinham encontrado um corpo na morgue de Toulouse que podia corresponder ao de Anza, referiu com detalhe a roupa que este vestia no dia 18 de Abril de 2009, quando apanhou o comboio em Baiona com destino a Toulouse.
Com roupa diferente
Contudo, na segunda-feira passada o diário Le Journal du Midi publicou que a roupa que trazia quando foi encontrado numa rua de Toulouse, no dia 29 de Abril, não era a mesma que vestia quando desapareceu.
Por isso, insistiram que não crêem na versão apresentada pela procuradora de Baiona, Anne Kayanakis, «porque as suas explicações são objectivamente inconcebíveis», e manifestaram a convicção de que o corpo do militante donostiarra «foi ocultado».
«Não acreditam que depois de onze meses o corpo tenha aparecido por acaso, a família tem razões para pensar que foi ocultado», referiram.
Agora que o caso passou para as mãos de um juiz de instrução, consideram que este terá de esclarecer onde esteve Anza entre os dias 18 e 29 de Abril, onde estão os documentos e os medicamentos que levava consigo...
«Pensamos que é preciso estudar todas as hipóteses, aqui a única que ficou posta de parte foi a mentira que dita por Rubalcaba; por outro lado, tendo em conta os antecedentes que existem neste país e que uns guardas civis fugiram de um hotel de Toulouse... para a família ganha força a hipótese de um sequestro», disseram.
Fonte: Gara
Um familiar de Jon Anza foi notificado pela Ertzaintza
De acordo com Movimento pró-Amnistia, uma familiar de Jon Anza foi notificada pela Ertzaintza para ir prestar declarações à esquadra, por ter lido o texto no final da manifestação que teve lugar no domingo em Donostia.
Acusam-na de «apologia do terrorismo» e abriram um processo contra ela, segundo a mesma fonte.
O Movimento pró-Amnistia já veio criticar este facto com veemência, realçando a «marginalização, a perseguição» e a «repressão» de que os familiares de Jon Anza estão a ser alvo.
Fonte: Gara
Foto com a procuradora: kazeta.info