Vinte personalidades internacionais subscreveram um documento para a resolução do conflito político em Euskal Herria, no qual sublinham a importância dos passos que a esquerda abertzale deu, pedem à ETA que apoie esse compromisso com um cessar-fogo e reclamam ao Governo espanhol que «responda apropriadamente».
Declaração (ing-cas) e signatários
Declaração (ing-cas) e signatários
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Bideoa / Vídeo: http://www.gara.net/bideoak/europa/index.php
O advogado e mediador sul-africano Brian Currin apresentou hoje no Parlamento Europeu uma declaração subscrita por vinte personalidades internacionais destacadas na resolução de conflitos. Currin esteve acompanhado pela eurodeputada flamenga Frieda Brepoels (Verdes/ALE).
Em primeiro lugar, saúdam e elogiam a declaração da esquerda abertzale e a sua aposta em vias políticas e democráticas para alcançar os seus objectivos políticos, por entenderem que pode ser «um passo fundamental para acabar com o último conflito político que persiste na Europa».
Por isso, pedem à ETA que apoie esse compromisso «declarando um cessar-fogo permanente e completamente verificável» e ao Governo espanhol, por seu lado, que «responda apropriadamente», porque na sua opinião isso «possibilitaria o avanço dos novos esforços políticos e democráticos, a resolução dos contenciosos e alcançar uma paz duradoura».
Questionado sobre quais deveriam ser as medidas que o Governo espanhol devia tomar no caso de se verificar um cessar-fogo da ETA, o perito sul-africano defendeu, a título pessoal, que a esquerda abertzale deveria poder concorrer às eleições, e que a repatriação dos presos para Euskal Herria também seria uma ajuda.
Entre os signatários estão o Nobel da Paz Desmond Tutu; o ex-presidente da África do Sul e também Nobel da Paz Frederik de Klerk; a Fundação Nelson Mandela; a ex-presidente da Irlanda Mary Robinson; o Nobel da Paz John Hume; o ex-primeiro ministro da Irlanda Albert Reynolds; Jonathan Powell, chefe de Gabinete do ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair; Nuala O'Loan, primeira Provedora de Justiça em matéria policial no Norte da Irlanda; Raymond Kendal, ex-secretário-geral da Interpol; Betty Williams, Nobel da Paz pelo seu trabalho na superação do conflito na Irlanda, e Denis Haughey, assistente de John Hume, entre outros.
Fonte: Gara