sábado, 13 de março de 2010

Elorrio exige o fim da tortura para dinamizar um proceso democrático


O Município de Elorrio aprovou na quinta-feira uma moção em que se exige ao Estado espanhol que abandone as «vias repressivas» e aposte na dinamização de um «proceso democrático» em Euskal Herria. O texto foi apoiado pelos veradores da esquerda abertzale, que governa na Câmara Municipal, enquanto a representação do PNV se absteve e a vereadora do PSE votou contra.

A moção que foi apresentada pela esquerda abertzale tem a ver com o facto de Adur Aristegi, um dos detidos nas últimas operações policiais e que denunciou ter sido torturado pela Guarda Civil, ser habitante da localidade biscainha.

O pai de Aristegi tomou a palavra durante a sessão plenária e relatou os maus tratos infligidos ao seu filho na esquadra, recordando que foi «despido e atado» e que lhe aplicaram «eléctrodos». Por seu lado, o autarca de Elorrio, Niko Moreno, afirmou que a tortura é utilizada de «forma sistemática» no Estado espanhol.

Na moção aprovada menciona-se também que os últimos casos de tortura a cidadãos bascos coincidem com a iniciativa «Zutik Euskal Herria» apresentada pela esquerda abertzale.

Neste sentido, ressaltam que para poder fomentar um «processo democrático» como é referido na resolução, é preciso que o Estado espanhol também opte pela resolução do conflito político pondo de lado a «máquina judicial e repressiva» e que os restantes agentes contribuam para isso. Também se pede o fim do regime de incomunicação aplicado aos detidos. M.A.
Fonte: Gara